ATA DA NONAGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 05-10-2011.

 


Aos cinco dias do mês de outubro do ano de dois mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Aldacir José Oliboni, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Mauro Zacher, Paulinho Rubem Berta, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Toni Proença. Constatada a existência de quórum, a senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Alceu Brasinha, Beto Moesch, Dr. Thiago Duarte, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Lurdes da Lomba, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Nilo Santos, Pedro Ruas, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Na ocasião, foi apregoado o Ofício nº 904/11, do senhor Prefeito, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 035/11 (Processo nº 3298/11). Também, foram apregoados os seguintes Memorandos, deferidos pela senhora Presidenta, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo: nº 043/11, de autoria do vereador Beto Moesch, no dia vinte e seis de setembro do corrente, no 26º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, no Município do Rio de Janeiro – RJ –; e nº 026/11, de autoria do vereador Idenir Cecchim, no dia de ontem, na cerimônia de posse do senhor Sérgio Zimmermann no cargo de Diretor-Presidente da Companhia Carris Porto-Alegrense, às dezesseis horas e trinta minutos, em Porto Alegre. Ainda, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador Sebastião Melo, solicitando a retirada do nome de Sua Excelência da condição de coautor do Projeto de Lei do Legislativo nº 132/10 (Processo nº 2776/10). Do EXPEDIENTE, constou o Ofício nº 046/11, do senhor Antonio José Gonçalves Henriques, Diretor Executivo do Fundo Nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Em prosseguimento, a senhora Presidenta registrou o comparecimento, nos termos do artigo 139 do Regimento, dos senhores Valter Nagelstein, Secretário Municipal da Produção, Indústria e Comércio, e Vitor Augusto Koch e Léo José Borges Hainzenreder, respectivamente Presidente do Conselho Deliberativo e Diretor-Superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Rio Grande do Sul – SEBRAE/RS –, convidando-os a integrarem a Mesa dos trabalhos e concedendo a palavra ao senhor Valter Nagelstein, que discorreu sobre o Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa e procedeu à entrega, à senhora Presidenta, de Projeto de Lei do Executivo que institui no Município de Porto Alegre o tratamento diferenciado e favorecido ao microempreendedor individual, às microempresas e empresas de pequeno porte de que trata a Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006, e o Dia Municipal da Micro e Pequena Empresa e do Desenvolvimento. Ainda, a senhora Presidenta concedeu a palavra ao senhor Vitor Augusto Koch, que se manifestou sobre o Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa e declarou o apoio do SEBRAE/RS ao Projeto de Lei do Executivo que institui tratamento diferenciado e favorecido ao microempreendedor individual, às microempresas e empresas de pequeno porte. Na oportunidade, a senhora Presidenta concedeu a palavra aos vereadores Mauro Pinheiro e Sebastião Melo, que se manifestaram acerca do assunto em debate. Às quatorze horas e quarenta e quatro minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Renovação de Votação, foi rejeitado o Projeto de Lei do Executivo nº 013/11 (Processo nº 1071/11), por dezoito votos SIM, dois votos NÃO e quatro ABSTENÇÕES, tendo votado Sim os vereadores Alceu Brasinha, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elói Guimarães, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Lurdes da Lomba, Mario Fraga, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença, votado Não a vereadora Fernanda Melchionna e o vereador Pedro Ruas e optado pela Abstenção os vereadores Aldacir José Oliboni, Carlos Todeschini, Engenheiro Comassetto e Mauro Pinheiro, votação essa declarada nula pela senhora Presidenta, em face de Requerimento verbal formulado pelo vereador Mauro Zacher. Em Renovação de Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 013/11, por vinte e um votos SIM, dois votos NÃO e cinco ABSTENÇÕES, tendo votado Sim os vereadores Alceu Brasinha, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Lurdes da Lomba, Mario Fraga, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Waldir Canal, votado Não a vereadora Fernanda Melchionna e o vereador Pedro Ruas e optado pela Abstenção os vereadores Aldacir José Oliboni, Carlos Todeschini, Engenheiro Comassetto e Mauro Pinheiro e a vereadora Sofia Cavedon. Após, foi apregoada a Emenda nº 01, de autoria do vereador Pedro Ruas, Líder da Bancada do PSOL, ao Projeto de Lei do Executivo nº 034/11 (Processo nº 3217/11) e foi aprovado Requerimento de autoria do vereador Pedro Ruas, solicitando que essa Emenda fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Também, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador Professor Garcia, deferido pela senhora Presidenta, solicitando votação em destaque para a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 034/11, solicitação essa que foi posteriormente retirada, a Requerimento de autoria do vereador Professor Garcia, deferido pela senhora Presidenta. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Executivo nº 034/11 (Processo nº 3217/11), após ser discutido pelos vereadores Carlos Todeschini, Elói Guimarães, Beto Moesch, Aldacir José Oliboni, Dr. Raul Torelly, Engenheiro Comassetto, Dr. Thiago Duarte, Pedro Ruas, Mauro Zacher, Sebastião Melo, Paulinho Rubem Berta, Nilo Santos, Professor Garcia, Luiz Braz, Reginaldo Pujol, Fernanda Melchionna, Maristela Maffei e Idenir Cecchim. Às quinze horas e sete minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e nove minutos. Foi rejeitada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 034/11, por treze votos SIM e dezenove votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Pedro Ruas, tendo votado Sim os vereadores Aldacir José Oliboni, Carlos Todeschini, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Lurdes da Lomba, Maria Celeste, Mario Manfro, Maristela Maffei, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença e Não os vereadores Alceu Brasinha, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario Fraga, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo e Waldir Canal. Foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 034/11, por trinta e dois votos SIM, em votação nominal solicitada pela vereadora Sofia Cavedon, tendo votado os vereadores Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Lurdes da Lomba, Maria Celeste, Mario Fraga, Mario Manfro, Maristela Maffei, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Waldir Canal. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Executivo nº 031/11 (Processo nº 3043/11), o qual, após ser discutido pelos vereadores Luiz Braz, Maria Celeste, Carlos Todeschini, DJ Cassiá e Engenheiro Comassetto, teve suspensa sua discussão, em face da inexistência de quórum deliberativo. Durante a apreciação do Projeto de Lei do Executivo nº 031/11, o vereador Mario Manfro cedeu seu tempo de discussão ao vereador Luiz Braz. Às dezessete horas e dez minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo, em verificação solicitada pelo vereador Mauro Pinheiro, a senhora Presidenta declarou encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 149 e 150/11 e o Projeto de Resolução nº 030/11; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 096 e 148/11. A seguir, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador Pedro Ruas, subscrito nos termos do artigo 120, inciso VI, do Regimento, deferido pela senhora Presidenta, solicitando votação em destaque para a Emenda nº 09 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 031/11 (Processo nº 3043/11). Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Mauro Pinheiro, João Antonio Dib, Alceu Brasinha, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Lurdes da Lomba, Maria Celeste, esta pela oposição, e João Antonio Dib, este pelo Governo. Durante a Sessão, as vereadoras Maristela Maffei e Fernanda Melchionna e os vereadores João Antonio Dib, Nilo Santos, Alceu Brasinha, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol e Mauro Pinheiro manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Às dezessete horas e cinquenta e cinco minutos, constatada a inexistência de quórum, em verificação solicitada pelo vereador Mauro Pinheiro, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela vereadora Sofia Cavedon e pelo vereador DJ Cassiá e secretariados pelo vereador Toni Proença. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo senhor 2º Secretário e pela senhora Presidenta.

 


A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Gostaria de dar os parabéns ao Ver. Toni Proença, nosso 1º Secretário, pelo reconhecimento e nascimento do novo Partido e por sua luta pela construção desse Partido, que já nasce muito querido pela sociedade de Porto Alegre. O Sr. 1º Secretário procederá à leitura das proposições apresentadas à Mesa.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO (Toni Proença): Boa-tarde. Obrigado pelo carinho. (Lê as proposições apresentadas à Mesa.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Toni Proença.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª Presidente, queria ocupar este espaço regimental para poder divulgar a festa da Comissão de Cultura e Esporte da Lomba do Pinheiro, que vai ser a Festa da Cultura, lá no nosso Centro Administrativo, onde nós temos o prédio do Centro Cultural da Lomba do Pinheiro. Nesse evento, vamos ter um torneio feminino, vamos ter o Recanto do Gaúcho, hip-hop, rap, capoeira, bandas gauchescas, bandas de pagode, pop. Depois vamos ter também a escolha da Garota Genoma Colorado do núcleo Lomba do Pinheiro. Para não dizer que é só do Colorado, também teremos a presença do Presidente do Grêmio, quando vão-se distribuir camisetas do Grêmio autografadas pelos jogadores e pela Direção do Internacional. Para encerramento da festa, teremos o lançamento da escola de samba Unidos da Vila Mapa, com o tema 2012. Queremos contar com a presença da senhora e de todos os Vereadores. Será uma festa muito bonita, onde faremos uma integração também com o Dia da Criança. Tenho muito orgulho de ser a coordenadora dessa comissão, junto com uma grande equipe. Obrigada pelo espaço, e peço que nos ajude a divulgar o evento na TVCâmara. Obrigada.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Verª Maristela Maffei. Está registrado; parabéns pela iniciativa. Nós sabemos que o Centro Cultural da Lomba do Pinheiro precisa muito de investimentos. É uma conquista da comunidade, mas ainda não se transformou no centro cultural com que a comunidade sonha.

Hoje teremos um comparecimento bastante breve, mas importante, construído com o Vereador Líder do Governo, relativo ao Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa e a entrega de Projeto de Lei que institui, em Porto Alegre, o tratamento diferenciado às microempresas e empresas de pequeno porte, no que trata a Lei Complementar Federal nº 123/2006.

Convido para compor a Mesa o Sr. Valter Nagelstein, Secretário Municipal da Produção, Indústria e Comércio; o Sr. Vitor Augusto Koch, Presidente do Sebrae/RS, e o Sr. Léo Hainzenreder, Diretor-Superintendente do Sebrae/RS.

O Sr. Valter Nagelstein está com a palavra

 

O SR. VALTER NAGELSTEIN: Excelentíssima Presidente deste Legislativo, Verª Sofia Cavedon; ilustres colegas Vereadores; senhoras e senhores que nos acompanham no plenário; senhores da imprensa; Sr. Vitor Augusto Koch, Presidente do Sebrae do Rio Grande do Sul; Sr. Léo Hainzenreder, nosso Diretor Superintendente do Sebrae; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; senhoras e senhores, eu trago uma mensagem do Prefeito José Fortunati, e com muita alegria a trago exatamente neste dia 5 de outubro, dia em que não só estamos comemorando os 23 anos da promulgação da Constituição Federal de 88, Verª Sofia Cavedon, como também consagrando às micro e pequenas empresas, ao micro e pequeno empreendedor. É propositalmente neste dia que estamos trazendo esse diploma legal que institui tratamento diferenciado às micro e pequenas empresas no âmbito do nosso Município.

Diz o Prefeito Municipal que, muito além do simples cumprimento da obrigatoriedade legislativa, pretende-se também, com o presente Projeto, promover o desenvolvimento sustentável, no Município de Porto Alegre, a partir do fomento aos pequenos negócios, os quais representam hoje mais de 99% das empresas formais do Brasil e respondem por 39,6% dos empregos formais urbanos.

O Município de Porto Alegre possui 126.735 micro e pequenas empresas, dados da Receita Federal do ano de 2009. Portanto, esta Lei que hoje trazemos vem para servir ao desenvolvimento desse público empresarial e, por conseguinte, obviamente da nossa Capital.

Srª Presidente, Srs. Vereadores, há pouco eu dizia ao Presidente Vitor Augusto Koch, Ver. Mauro Pinheiro - V. Exª, que também tem sido um entusiasta desse marco legal; estive com V. Exª, junto com o Prefeito Municipal, com a Direção do Sebrae, envolvido no trâmite desta Lei -, quero dizer que também, Ver. Comassetto, o que pretendemos é que o marco legal atinja e beneficie os empreendedores rurais da nossa Cidade, Ver. Oliboni.

Porto Alegre é hoje a segunda Capital brasileira com maior área rural. Nesse contexto, nós temos o maior rebanho urbano do nosso País, e todos nós sabemos, especialmente aqueles que militam no Extremo-Sul da nossa Cidade, da importância da área rural para Porto Alegre. Podemos também formalizar esses produtores rurais na modalidade do Mei, assim como já temos feito, através de um Projeto que tem-se constituído como um marco. Há pouco, o nosso Presidente do Sebrae me dava notícia de que a ideia era levar o Projeto para outros Municípios. A nossa linha da pequena empresa é um projeto inovador, iniciado a partir de Porto Alegre, numa parceria da Secretaria Municipal da Indústria e Comércio, da Companhia Carris Porto-Alegrense e do Sebrae, que tem percorrido os bairros da nossa Cidade levando informação e formalização aos micro e pequenos empreendedores, além de microcrédito, que é uma ferramenta importante na sustentação desse enorme universo de pessoas que labutam com tremendo esforço e que viabilizam a maior parte da força produtiva e da força de trabalho do nosso País. Nós queremos continuar esse trabalho da nossa linha da pequena empresa.

Aqui estão vários colaboradores do Sebrae, a quem quero agradecer, desde já, o esforço que, em conjunto, temos feito. Ver. Nedel; meu caro Líder do Governo, Ver. João Dib; Ver. Paulinho Rubem Berta, aqui estão também os nossos servidores da SMIC envolvidos na linha da pequena empresa, envolvidos no licenciamento dos micro e pequenos empreendedores, e todos estamos muito felizes, na data de hoje, com o advento da possibilidade de trazermos ao Legislativo Municipal o marco legal que instituiu, no âmbito do nosso Município, um tratamento diferenciado às micro e pequenas empresas. Portanto, nada mais me resta senão deixar o registro de que, para nós, Srª Presidente, é uma data histórica. Reafirmamos o compromisso do Prefeito Fortunati, de todo o seu Governo e deste Secretário de estarmos envolvidos e continuarmos trabalhando em prol das micro e pequenas empresas.

Deixo, por último, um apelo a este Legislativo, Verª Fernanda Melchionna, Ver. Sebastião Melo, Ver. Dr. Raul. Acredito que, no Legislativo, seja normal, inclusive salutar a divergência, mas me parece, Verª Celeste, que não é o caso aqui. Aqui, Verª Maristela Maffei, Ver. Nilo Santos, aqui é um tema que certamente nos soma e nos une a todos. Todos nós compreendemos a importância desse segmento na economia brasileira; todos nós compreendemos a importância do estímulo aos micro e pequenos empreendedores para que eles realizem os seus sonhos, os seus projetos, continuem gerando os mais de 53% dos empregos que são gerados no nosso País e que respondam por 99,1% - um número absolutamente impressionante que fala por si só - das empresas urbanas do nosso País. Portanto, falando esses números por eles próprios, é que fica esse apelo de que consigamos o consenso, que tenho certeza de que já há, na questão da urgência do exame e da aprovação desse Projeto de Lei.

Eu agradeço o espaço. Obviamente, que aqui não se pretende, de forma alguma, atropelar a soberania do processo legislativo e a prerrogativa que V. Exas, legisladores, têm de emendar a lei naquilo que a sociedade, através dos seus representantes, entender que seja preciso emendar. Mas inobstante desse respeito e desse trabalho, o pedido que fica é de que a Câmara possa, compreendendo da importância e compreendendo que é um tema que nos unifica a todos, aprovar em Regime de Urgência e no prazo mais rápido possível nós termos o marco legal da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas instituída em Porto Alegre.

Por último, eu quero agradecer muito, Srª Presidente, pelo espaço, e dizer que é com muita alegria que retorno à Casa. Tenho saudades da tribuna; tenho saudades dos embates que tivemos aqui, obviamente alguns mais acalorados, outros menos; alguns temas nos afastavam, outros nos aproximavam, é da vida política. Mas, da minha parte, saibam, tão logo descia da tribuna, essas divergências permaneciam no campo da política, no campo da tribuna, e no aspecto pessoal, o meu respeito, meu carinho e a minha admiração por cada um que tem um mandato popular e que representa uma parcela significativa da população da nossa Cidade. Então, a minha saudação, o meu carinho, a minha saudade, mas não uma saudade que me faça imediatamente retornar à Casa, até porque o Dr. Raul fica satisfeito com isso, até porque existem ainda missões a cumprir e eu, particularmente, gosto, uma vez tendo recebido uma missão, de conseguir concluí-la. E tenho, felizmente, destinado a isso grande parte do meu esforço pessoal. Portanto, quero agradecer a oportunidade de poder retornar aqui e deixar o meu abraço muito carinhoso, muito afetuoso e o meu desejo e a minha esperança de que, em pouco tempo, possamos, meu caro Gil Almeida, Valdir Fraga, enfim, todos que nos acompanham aqui, aprovar o Projeto de Lei. Um abraço a todos e, em especial, aos nossos servidores do Legislativo Municipal. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vereador e Secretário Valter, pode ter a certeza de que esta Casa, em todas os temas que beneficiam a Cidade, tem celeridade, tem compromisso, tem profundidade.

Hoje, vamos votar, em tempo recorde, o PLE nº 034/11, que institui abono salarial aos servidores detentores de cargos efetivos de Engenheiro, Engenheiro Agrônomo, Engenheiro Florestal, Engenheiro de Operações, Engenheiro Químico, Arquiteto, Geólogo e Geógrafo ativos, da Administração Centralizada, das Autarquias e Fundação Municipais. Assim foi feito com muitos projetos onde há polêmica, acredito que este aqui não, mas precisamos de tempo para aprofundar e dirimir.

O Sr. Vitor Augusto Koch, Presidente do Sebrae/RS, está com a palavra.

 

O SR. VITOR AUGUSTO KOCH: Boa-tarde a todos; uma saudação especial à Presidente da Câmara de Vereadores, Verª Sofia Cavedon; saudação ao Secretário Valter Nagelstein e ao nosso Diretor-Superintedente, Léo Hainzenreder; saudação também a todos os Vereadores e Vereadoras, aos nossos munícipes que se encontram nesta Sessão. Para nós, hoje, Srª Presidente, é uma oportunidade tamanha que a nossa alegria, realmente, se estende por todo o Rio Grande do Sul, onde vemos o Prefeito apresentar esse projeto, essa proposta tão importante para o desenvolvimento da micro e pequena empresa.

Esse projeto representa incluir a micro e pequena empresa no contexto de oportunidades que se apresentam em relação a compras municipais, à desburocratização do seu sistema, à simplificação da operação das suas empresas. Nós já temos 390 municípios no Estado do Rio Grande do Sul que já adotaram essa lei, a estão colocando em prática, tirando do papel e a estão oportunizando. Há modelo do Governo do Estado que também o fez, e presenciamos agora em cinco rodadas de negócios uma grande oportunidade à micro e pequenas empresas de comercializarem os seus produtos diretamente ao Governo do Estado, fazendo com que o Governo do Estado economize e rentabilize as suas operações. Isso certamente acontecerá também aqui em Porto Alegre onde os Srs. Vereadores analisarão com muita propriedade esse Projeto apresentado pelo nosso Prefeito. Nós queremos dizer ainda, por causalidade, talvez, não uma casualidade, mas forças divinas, fizeram com que esse Projeto viesse a esta Casa no dia da Micro e Pequena Empresa. É um dia muito especial, onde a micro e pequena empresa dá a sustentação a este País. Porque são mais de 99% das empresas que existem no Brasil que compõem a força que impulsiona este imenso Brasil. Quero agradecer e estou na expectativa de que esse projeto seja aprovado com a maior brevidade possível, para que o nosso Sebrae/RS possa entrar em campo aqui em Porto Alegre, uma Cidade tão importante no contexto estadual, e que tenha exemplificado as suas ações para todo o Rio Grande do Sul. Muito obrigado pela oportunidade, e ficamos com a expectativa da aprovação dessa lei.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Presidente Vitor Augusto Koch. Concedo a palavra às Bancadas.

O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Verª Sofia, nossa Presidente; Ver. Valter Nagelstein, Secretário da Indústria e Comércio e nosso sempre Vereador; Vitor Koch, nosso amigo, e Léo, ambos do Sebrae/RS, hoje é um dia feliz para todos nós por ter essa lei chegando à nossa Câmara Municipal de Vereadores. Eu, que participei da reunião junto com o Prefeito José Fortunati, Vereador e Secretário Valter, até cobrando o Prefeito para que a Lei Geral da Microempresa fosse implantada em Porto Alegre. É uma lei federal que deve ser regulamentada nos municípios, e a gente tem feito todo o esforço junto ao Sebrae/RS para que essa lei viesse para Porto Alegre, porque teria que ser uma lei que viesse do Executivo, senão nós mesmos já teríamos tomado essa iniciativa. Mas conversando com o Valter e com o Prefeito, o Prefeito se sensibilizou, e o Valter disse que até já estava construindo a lei, que está aqui chegando, e nós, como Presidente da Frente Parlamentar, vamos fazer isso. Como Líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores, falo em meu nome e em nome da Bancada, faremos todo o esforço, Secretário, Vitor, para que esse projeto seja aprovado o mais rápido possível, para que Porto Alegre avance e ajude as microempresas a crescerem, a gerarem emprego, trabalho e renda para o Município de Porto Alegre. Podem ter certeza de que faremos todo o esforço para votar o quanto antes essa lei para que Porto Alegre não perca mais tempo. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidente, Verª Sofia; meu caro colega, amigo, companheiro Valter; companheiros do Sebrae/RS, vocês sabem que eu sou um Vereador muito cético com relação às leis. Acho que o Brasil, nas últimas duas décadas, produziu quatro milhões e poucas leis e a maioria delas inúteis. Mas há leis e leis. Eu acho que a economia do Brasil e de resto do mundo, mas vamos ficar com o nosso Brasil, 60%, 70% da economia brasileira, e eu estou falando de trabalho digno para a nossa gente, depende do micro e pequeno empresário, e a nossa Secretaria, Valter, e nós temos conversado sobre isso, acho que tem que ser menos fiscalizatória e mais indutora de desenvolvimento, ou seja, a porta do desenvolvimento da Cidade. Vossa Excelência tem sido um bom Secretário, como foi o Cecchim e outros que antecederam vocês. Então, acho que vem em boa hora e esta Casa vai responder, como sempre respondeu, porque aqui nós temos as nossas diferenças, mas o nosso partido maior chama-se querida e amada Porto Alegre. Meus cumprimentos e vamos nos somar a esse processo coletivo.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Encerramos o período de Comparecimento, agradecemos a manifestação das Lideranças, a presença do Secretário Valter, do Vitor Augusto Koch e do Léo, ambos do Sebrae/RS. Com certeza, Ver. João Antonio Dib, estaremos encaminhando em Regime de Urgência, a partir da análise das Bancadas e, na segunda-feira, discutiremos a tramitação.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 14h44min): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

RENOVAÇÃO DE VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1071/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 013/11, que autoriza o Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) a desafetar e alienar imóveis de seu patrimônio.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Waldir Canal: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Paulinho Rubem Berta: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- renovação de votação nos termos do art. 196 do Regimento da CMPA;

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, VIII, da LOM.

- incluído na Ordem do Dia em 05-10-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vamos iniciar pela renovação de votação, solicitada pelo Ver. Nilo Santos, do PLE nº 013/11.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: É uma resposta do Governo, Ver. Dib: nós estivemos numa Audiência Pública, lá no bairro Cristal, em relação às comunidades atingidas pelas obras do PISA/DMAE. Um dos terrenos que está sendo desafetado, vendido pelo Executivo Municipal, aqui neste Projeto, é um terreno próximo à área que serviria para reassentamento e remoção de famílias atingidas, tanto pelas obras da Copa, como pelas obras do PISA/DMAE. Portanto, eu queria solicitar - já que não dá para encaminhar, nem discutir mais o Projeto, já foi feito - a resposta do Governo. Foi um dos encaminhamentos da Audiência Pública, encaminhado ao representante do DMAE, naquele momento, pela nossa Presidente, que fez o encaminhamento da Audiência Pública. Antes de votar o Projeto é importante que tenhamos essa resposta.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Antes de o Ver. João Dib responder, porque, certamente, nem sabe do tema, Verª Fernanda Melchionna, o problema é que não temos mais como emendar este Projeto. Não será na forma de emenda, mas como este Projeto não vende, ele autoriza, o que resultou na Audiência Pública na quinta-feira, levado pelo representante do DMAE, é que um dos terrenos, o maior, junto à Av. Oscar Pereira, de mil cento e poucos metros quadrados, possa ser ofertado, Ver. João Antonio Dib, que o DMAE abstenha-se de vendê-o e oferte ao DEMHAB para reassentar famílias do Cristal. Isso ficou encaminhado na Audiência Pública, nós não faremos por emenda, porque não cabe. Apenas fica aqui a solicitação política a V. Exª, e nós a formalizaremos ao Executivo, apesar de o Executivo já ter levado, naquele dia, a demanda da população.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, tanto quanto eu conheço o Regimento desta Casa, nós estamos no período de votação, não há emenda, não há o que fazer, nós já votamos e estamos renovando a votação, não há nem encaminhamento. Então, eu acho que V. Exª, presidindo, deve determinar que se colham os votos.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. João Antonio Dib, eu dizia exatamente isso, mas não posso deixar de responder a uma solicitação antes de pedir a abertura do painel.

Solicito a abertura do painel para a renovação de votação do PLE nº 013/11.

Em votação nominal, solicitada pela Verª Fernanda Melchionna, o PLE nº 013/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO por 18 votos SIM, 02 votos NÃO e 04 ABSTENÇÕES.

 

(Aparte antirregimental do Ver. Haroldo de Souza.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Haroldo de Souza, eu olhei para o Plenário e V. Exª não estava. Senhores, está rejeitado o Projeto.

 

(Aparte antirregimental do Ver. Haroldo de Souza.)

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Haroldo, perguntei se algum Vereador não havia votado e ninguém se manifestou. Baixo a cabeça, leio os nomes, aí V. Exª fala. Não é possível, eu não posso!

 

O SR. MAURO ZACHER (Requerimento): Srª Presidente, estamos com as galerias lotadas, temos projetos importantes e estamos aguardando. É evidente que os Vereadores estão escutando as entidades sindicais que estão aqui no plenário; o Ver. Haroldo estava no plenário conversando com os servidores. Então peço a gentileza de V. Exª reconsiderar.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Nós vamos renovar a votação, porque eu não votei, estava cuidando do processo...

 

O SR. NILO SANTOS: Exatamente, era isso que eu iria avisá-la, Srª Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Porque o meu painel, eu quero explicar a Vossas Excelências, a Márcia está aqui de prova, estava cego. Eu não estava enxergando nada. Eu estava tratando disso com a Márcia, acabei não votando por distração, então eu declaro nula a votação.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Obrigado, Srª Presidente, pelo bom senso que V. Exª teve.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Solicito a reabertura do painel eletrônico para a votação nominal do PLE nº 013/11, solicitada pela Verª Fernanda Melchionna. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 21 votos SIM, 02 NÃO e 05 ABSTENÇÕES.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3217/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 034/11, que institui abono salarial aos servidores detentores de cargos efetivos de Engenheiro, Engenheiro Agrônomo, Engenheiro Florestal, Engenheiro de Operações, Engenheiro Químico, Arquiteto, Geólogo e Geógrafo ativos, da Administração Centralizada, das Autarquias e Fundação Municipais, e dá outras providências.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR, CUTHAB e CECE. Relator-Geral Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, III, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 05-10-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLE nº 034/11. (Pausa.) O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLE nº 034/11.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público que nos acompanha, profissionais da área tecnológica da Prefeitura, imprensa, Bancadas, público que nos assiste pela TVCâmara e pela Rádio Web, o nosso boa-tarde.

Eu falei, na Reunião Conjunta das Comissões, na última segunda-feira, que seria desnecessário tecer elogios ou enaltecer as qualidades do corpo técnico funcional da Prefeitura, porque eu e o Engenheiro e Vereador João Dib tivemos oportunidade de passar pelos mesmos cargos na Prefeitura. Fui Diretor de Divisão do DEP, Vice-Diretor do DEP, Diretor-Geral do DMAE, Assessor-Engenheiro do Prefeito e conheço as virtudes e qualidades da grande maioria dos técnicos, dos profissionais que estão presentes hoje, aqui, e que são de altíssimo quilate, incomparáveis, talvez, em nível de Brasil.

Se outras categorias têm importância - e têm - na Administração Municipal, ninguém tem mais importância e um papel mais fundamental do que os profissionais da área tecnológica, que são abrigados, genericamente, como membros do CREA: Engenheiros, Arquitetos, Agrônomos, Geólogos, Geógrafos e outros.

Esse abono, que foi negociado a partir de uma mobilização de mais de dois anos, ele vem também para fazer uma equivalência às demais categorias que obtiveram vantagens dessa natureza, como os Auditores Fiscais da Fazenda, como os Procuradores, como, recentemente, os médicos, e outras categorias que perceberam, e que, inclusive, depois, incorporaram essas vantagens - antes foi abono e, depois, se transformou em elemento de Lei, de Plano de Carreira, assim como deve acontecer com vocês, com essa categoria.

Logo mais, nesta Sessão, nós estaremos discutindo a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2012. O Plano de Investimentos, Projeto que aprovamos no ano passado, prometeu investir e aplicar na Cidade - seja em salários, serviços ou obras – R$ 4 bilhões,170 milhões. Para 2012, a previsão de aplicação na Cidade, nos mesmos moldes, é de R$ 4 bilhões,465 bilhões. É um Orçamento gigantesco e que passa pela mão de cada um dos presentes aqui, que são quatro centenas e algumas dezenas de bons funcionários, de excelentes profissionais, que a nossa Prefeitura, que o Poder Público Municipal detém.

Por isso estamos aqui: para dizer, com tranquilidade, que nós somos favoráveis, que reconhecemos e pedimos que o Governo encaminhe uma discussão com um Projeto do Plano de Carreira para esta Casa, no menor tempo possível, porque nós precisamos ter, de uma vez por todas, um Plano duradouro, estável e que seja parte integrante do reconhecimento profissional que dê tranquilidade a cada um dos profissionais para que possa levar para a sua vida, pois esses são profissionais que dependem, única e exclusivamente, dessa função profissional de servir a municipalidade para a sua sobrevivência e que, depois, deverão ser encaminhados à aposentadoria. Por isso, eu tenho certeza de que nós vamos aprovar o Projeto por unanimidade.

Tem ainda a Emenda. E quero aqui também manifestar o belo papel feito pelo Ver. Mauro Zacher, que estende o abono aos 18 Engenheiros e Arquitetos da Saúde que não estavam incluídos inicialmente; com a Emenda que está sendo apresentada agora, todos vão ser contemplados. Isso é mais do que merecido. Um grande abraço e uma boa-tarde a todos. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir o PLE nº 034/11.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Verª Sofia Cavedon, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhores funcionários, técnicos do Município de Porto Alegre, acho que a presente iniciativa não é tudo, é óbvio, mas é um passo importante que o Executivo dá no sentido de estender um abono a uma categoria, a um conjunto de funcionários que prestam relevantíssimos serviços ao Município de Porto Alegre, e numa área extremamente complexa, que é a área técnica do Município, onde a atuação do profissional funcionário importa grandes responsabilidades, inclusive se sujeita a responsabilidades até de ordem penal, dada a natureza científica, dada a natureza técnica na condução do seu ofício funcional. Então, é aquilo que se coloca: é uma campanha, uma luta que vêm fazendo os técnicos, os Engenheiros, os Arquitetos do Município, devidamente organizada e com êxito, eu diria, porque vai-se chegando a um termo.

Agora, preocupam-me algumas coisas, Ver. João Antonio Dib. Eu acho que outras reivindicações deveriam ser tratadas no seu espaço próprio. E houve tentativas aqui, Ver. João Antonio Dib... Eu conversava com V. Exª, auscultava V. Exª sobre a questão. Acho que temos que aprovar o Projeto e discutir, em outra oportunidade, ali na frente, as outras reivindicações. Isso me parece, Ver. Mauro Zacher, o caminho adequado, sob pena de se instabilizar o processo.

Eu atuei muito em diversas áreas do Município, Ver. Nilo Santos, na questão do auxílio técnico-científico. Lembro ainda que trabalhamos de forma fatiada nas coisas; foi a forma de incluirmos uma gratificação técnica aos diferentes técnicos do Município, inclusive a Procuradoria do Município.

Então, é uma questão que temos que conduzir de forma apartada, pois podemos instabilizar o processo. Por isso o apelo que estou fazendo aqui para que se vença esta matéria, aprove-se o Projeto, e, depois, discuta-se as demais reivindicações. É uma proposta que se faz aqui.

 

O Sr. Nilo Santos: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Elói Guimarães, quero cumprimentá-lo pelo discurso e dizer que a nossa Bancada é solidária ao discurso do Ver. Todeschini, quando clama por um plano de carreira. Nós estamos clamando por esse plano de carreira também dentro do Legislativo, dentro da nossa Casa, aqui. Somos solidários, sim, entendemos o valor que os servidores municipais têm, entendemos as suas qualificações, e somos parceiros. Muito obrigado.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Bom, colocado dessa forma, eu gostaria de recolocar exatamente o seguinte: seria de boa decisão avançarmos no estudo do Projeto, aprovando-o, e, depois, examinando as reivindicações, o que seria oportuno examinar. Agora, se começarmos a abrir precedentes aí, em termos de aditar à matéria outras reivindicações, pode exatamente instabilizar o processo e termina não dando certo.

Então, fica a minha manifestação no sentido de aprovarmos o Projeto. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h7min.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 15h9min): Estão reabertos os trabalhos.

O Ver. Beto Moesch está com a palavra para discutir o PLE nº 034/11.

 

O SR. BETO MOESCH: Srª Presidente; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, o desconforto, digamos assim, entre os servidores do Município com relação ao chamado paradigma salarial, Ver. Mauro Pinheiro, começa com o aumento dos salários e gratificações dos servidores da Secretaria da Fazenda, sob o argumento de que os servidores da Secretaria da Fazenda, ao atuarem, conseguem arrecadar mais verbas, mais recursos para o Município. E isso, Ver. Pedro Ruas, é verdadeiro. O problema é que nós, que somos advogados - e V. Exª é especialista, justamente nesse quesito, Direito Trabalhista, no qual eu não sou especializado -, aprendemos isso na faculdade: é um direito sagrado, inclusive, constitucional, da isonomia, da igualdade, do paradigma salarial.

Então, se o servidor da Fazenda ganha mais, Ver. Oliboni, porque tem o argumento de que a sua atuação corresponde a mais arrecadação para o Município, isso não é diferente nas diversas outras Secretarias.

Eu fui, por exemplo, Secretário Municipal do Meio Ambiente, e em virtude do Sistema Nacional do Meio Ambiental, o órgão ambiental, se souber usar a legislação, conquista compensações, contrapartidas, sem nenhum encargo para os munícipes, dos empreendimentos. São milhões e milhões que se consegue para a Cidade em virtude do bom licenciamento ambiental. Ou seja, aí já não está havendo isonomia, porque se o servidor da recebe mais, em virtude de arrecadar mais, não é diferente, por exemplo, com relação à Secretaria do Meio Ambiente; não é diferente com relação à EPTC, ou à SMOV, ou à Secretaria de Planejamento, e praticamente todas as Secretarias e autarquias do Município. É por isso que sempre me manifestei favorável, não só ao abono, mas à equiparação salarial de gratificação aos servidores da Fazenda. (Palmas.) O mesmo ocorre em relação à Procuradoria do Município, ou seja, é claro que eles merecem um salário melhor - servidores da Fazenda e Procuradoria do Município -, mas não é diferente desses servidores das demais Secretarias e autarquias.

É por isso que eu entendo que nós temos que fazer, agora, um novo movimento - eu não estou dizendo com relação a este Projeto -, mas se os engenheiros civis, engenheiros agrônomos, engenheiros florestais, engenheiros de operações, engenheiros químicos, arquitetos, geólogos e geógrafos devem, sim, receber, não só o abono, mas uma equiparação salarial da Fazenda e da Procuradoria do Município, o mesmo deve ocorrer para os biólogos. Porque, Verª Fernanda Melchionna, em uma equipe da SMAM que licencia o empreendimento e fiscaliza, naquela equipe tem engenheiro florestal, engenheiro agrônomo, arquiteto e biólogo - então o biólogo vai ganhar menos? Ou seja, esse Projeto não atende ao princípio da isonomia, embora votemos favoravelmente, porque, ao menos, já é algum avanço, e não resolve o problema dos biólogos. Então, nós temos que trabalhar muito ainda, isso aqui é apenas uma etapa, que está sendo vencida favoravelmente, de justiça aos servidores e, portanto, de benefícios para cidade de Porto Alegre. Aliás, fala-se tanto em Copa do Mundo, como é que Porto Alegre vai-se preparar para a Copa do Mundo sem a qualificação e o justo salário para os servidores? (Palmas.) A Copa do Mundo e a Cidade passam por isso.

Então, claro que estamos aqui discutindo favoravelmente ao Projeto, mas muito ainda tem que ser vencido e esta mobilização jamais pode parar. Essa é uma etapa a mais apenas, uma mobilização, até que nós consigamos finalmente um plano de carreira com a isonomia com relação ao tempo de serviço dos servidores em todas Secretarias e autarquias do Município. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para discutir o PLE nº 034/11.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Srª Presidente, Sofia Cavedon; colegas Vereadores, Vereadoras, público que acompanha nossa Sessão no dia de hoje, para que a população do outro lado da tela possa saber, nós estamos discutindo um Projeto de Lei que cria um abono de R$ 500,00 para os Engenheiros, Arquitetos, Engenheiros Agrônomos, Engenheiros Florestais, Engenheiros de Operações, Engenheiros Químicos, Geólogos e Geógrafos, da Administração Centralizada.

Nós percebemos e alertamos aqui, na segunda-feira, que havia um grupo de engenheiros e arquitetos na Saúde que estava junto nessa Comissão e que se reuniu com o Secretário de Gestão, Cezar Busatto, quando reivindicava a inclusão desses trabalhadores também nesse acordo do abono. Sabemos que há outros movimentos que contemplem outras funções. É pertinente, esclarecedor e tranquilizador que hoje votemos esse Projeto, que há dez dias chegou nesta Casa; na segunda-feira foi feita Reunião Conjunta das Comissões e, hoje, já o estamos votando para que, imediatamente, seja sancionado e vocês recebam esse abono. O comentário era de que viria junto com o Projeto dos médicos; chegou um pouco atrasado. Por isso a justificativa do Regime de Urgência.

Pelo que eu percebi, todos nós, Vereadores, somos favoráveis a esse incentivo aos profissionais, embora não seja o ideal de um plano de cargos e salários, mas é uma forma de a Prefeitura, de a Gestão atual valorizar esses técnicos, esses trabalhadores.

Mas não é justo, num momento tão simples, que apenas uma Emenda possa trazer para dentro do Projeto esses engenheiros e técnicos da Saúde, que são apenas 18, que o próprio Governo esteja dividido! Nós, aqui, valorizamos a iniciativa do Mauro Zacher, quando sinalizou para esta possibilidade, e, recebida a Comissão, foi convencido de que era oportuna e não discriminatória a inclusão desses técnicos.

Portanto, cabe salientar que este é um momento importante para valorizarmos esta iniciativa. Agora, também é importante o Governo continuar conversando com as demais funções, porque são, sem dúvida nenhuma, Ver. Nilo, justificáveis e merecedoras de tal abono nesta área tão importante e com projetos de enorme repercussão, como é a Saúde. Eu creio que é a Secretaria que mais tem obras na Cidade, e isso nós reconhecemos, aqui na Prefeitura, em função dos projetos estruturantes que vêm em parceria com o Governo Federal e Governo Estadual.

 

O Sr. Nilo Santos: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Oliboni, o que acontece é que o Prefeito, neste momento, merece os nossos cumprimentos por ter encaminhado este Projeto a esta Casa. É um momento de celebração para todos os engenheiros e para a Câmara, inclusive. Então, parabéns à bela iniciativa do Prefeito Fortunati. Com relação aos Engenheiros da Saúde, nada impede de nós criarmos um grupo de discussão em cima disso, até mesmo para não ocorrer este choque que poderá haver com uma emenda de gratificação sobre gratificação. É claro que está aberto o canal para a discussão, mas que isso não impeça a votação imediata desse Projeto encaminhado para a Casa; que a Emenda não atrapalhe a votação imediata.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Não atrapalhará, com certeza, pois estão aqui pessoas muito inteligentes que estão entendendo do encaminhamento que estamos fazendo. Estamos apenas dizendo que podemos aproveitar o momento muito especial, para poder incluir alguém que está ao lado de vocês todos os dias, que também merece esse reconhecimento profissional. Portanto, não estamos aqui encaminhando contrariamente; pelo contrário, estamos valorizando e devemos não só apoiar o ideal, aquilo que já foi prometido aqui, inclusive um plano de cargos e salários. Mas, com certeza, independentemente disso, votaremos a favor do Projeto, e, se vier a Emenda, com muito carinho estaremos votando favoravelmente para incluir a todos, neste momento que traz justiça, dignidade e respeito aos profissionais. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra para discutir o PLE nº 034/11.

 

O SR. DR. RAUL TORELLY: Srª Presidente, Sofia Cavedon; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; todos que nos assistem, que nos visitam; como Médico e Vereador tive oportunidade de participar de uma maneira muito intensa na proposição do abono salarial que foi dado aos Médicos municipários e municipalizados. Depois, houve uma incorporação ao salário no plano de carreira, em que já temos grandes avanços; temos um plano de carreira dos Médicos, que deve ser melhorado, mas já houve um avanço muito importante.

Vejo muito similar a situação dos nossos funcionários, Engenheiros, Arquitetos, Geólogos. Todos podem ter certeza de que este Vereador tem o maior respeito e admiração pelo trabalho que vocês fazem. Acredito que o momento é único, é um momento em que temos que avançar. Temos que pensar também em plano de carreira, é fundamental que haja um avanço nesse sentido, e sei que vocês já estão trabalhando essa matéria de uma maneira forte junto à Prefeitura.

Então, é evidente que a nossa posição é favorável, como não poderia deixar de ser, é uma posição de reconhecimento e é um voto na qualificação e no trabalho que cada um e cada uma de vocês tem feito ao longo dos anos na nossa Prefeitura e por todos os que necessitam desses serviços públicos tão necessários.

Em relação à questão dos Médicos, foi a minha atuação mais forte. Agora, na questão de vocês, acredito que os Engenheiros, Arquitetos da Saúde também devam ser, de alguma forma, incluídos dentro desse processo. É claro que temos dificuldades neste momento, como todos podem presenciar; estamos tentando negociar, vendo se é possível, e existe uma boa-vontade do Vereador Líder do Governo, João Antonio Dib, para que esta matéria seja resolvida. Evidentemente, vamos votar a favor do Projeto, com ou sem a Emenda, e vocês podem ter certeza absoluta de que esse assunto vai ser resolvido e vai haver essa reunião, essa aproximação, para que ele não fique superado pela aprovação do Projeto. Muito sucesso para todos, que seja aprovado de imediato o Projeto, e saúde para todos. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para discutir o PLE nº 034/11.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores, colegas Vereadoras, senhoras e senhores, Engenheiros, Arquitetos, Geólogos, Geógrafos aqui presentes, quando se iniciou esse movimento dos engenheiros pelo reconhecimento da sua atividade técnica profissional sob o ponto de vista da valorização e eles estiveram aqui neste Plenário, eu acenava para aquela foto e dizia que a construção de uma cidade é da responsabilidade técnica de todos os profissionais do ramo da engenharia e arquitetura. E, no serviço público municipal, os grandes e pequenos projetos dependem da sua agilidade de tramitação e da análise técnica profissional para que possam ser bem executados, sempre apostando que eles vão dar 100% certo. Mas, quando acontece qualquer problema de ordem técnica, o responsável não são os meus colegas secretários, os prefeitos, são os técnicos que assinaram os projetos. Portanto, temos que fazer esse debate sob o ponto de vista da qualidade de uma cidade e da qualidade de uma gestão pública municipal. Hoje, dentro da Prefeitura, são mais ou menos 450 profissionais que atuam e estão na construção desse acordo, e temos que avaliar o que isso significa como impacto financeiro na Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Isso significa, mensalmente, R$ 189.500,00. Agora, eu pergunto, como fica um grande Projeto que não é elaborado a tempo, fazendo com que se perca um ou dois meses? Vamos pegar o tema do Metrô, que aí está, que são R$ 2,6 bilhões para serem investidos. O que significa um dia, em um Projeto desses, não sendo concretizado? Significa muito mais do que R$ 189.500,00 por mês ou um R$ 1,326 milhão anuais.

Portanto, eu creio que este debate político, este debate da valorização profissional já está superado e caindo de maduro, e o voto da nossa Bancada do Partido dos Trabalhadores será favorável.

Agora, nós precisamos registrar uma outra questão: R$ 500,00 por mês é um ganho? É um ganho, mas não é a política totalmente correta. Por quê? Porque isso tem de ser incorporado ao salário profissional para o reconhecimento da sua atividade e deve ser incluído definitivamente na construção do Plano de Carreira. E nós já fizemos este debate aqui, quando veio um projeto para dar a gratificação para a Fazenda, para a PGM, para o GPO e o GPE, para a Assessoria Jurídica. Então, sob o ponto de vista da gratificação, já está mais do que justificado o merecimento que a categoria dos Engenheiros e Arquitetos necessitam e merecem. Mas não pode parar nessa gratificação, isso tem de ser incorporado ao plano de carreira e ao salário definitivo, para que seja um ganho para a vida profissional e não haja a possibilidade de ser temporário.

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: ...Srª Presidente, eu concluo aqui dizendo – e eu cumprimento aqui o Eduardo Fleck e o Sérgio Brum, que estão coordenando junto aos senhores e às senhoras este processo - que não se pode parar no abono, porque os profissionais da área de Engenharia, os Arquitetos, os Engenheiros, os Engenheiros Agrônomos, os Engenheiros Florestais, de Operações, Químicos, Geólogos e os Geógrafos são quem dão garantia da qualidade técnica e ambiental e da sustentabilidade de uma cidade. Um grande abraço a todos. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PEDRO RUAS: Presidente, tenho uma questão importante para o processo de votação. Estamos apresentando uma Emenda assinada por mim, Pedro Ruas, Líder do PSOL, pela Verª Fernanda Melchionna, também do PSOL; pelo Ver. Mauro Pinheiro, Líder do PT; pelo Ver. Engenheiro Comassetto; pelo Ver. Aldacir Oliboni; pela Verª Lurdes da Lomba, do PSB; pela Verª Maristela Maffei, do PCdoB; pela Verª Maria Celeste, do PT; pelo Ver. Todeschini, do PT, que, na prática, altera o parágrafo único do art. 1º do Projeto de Lei em debate neste momento. Com a alteração – cujo texto não vou ler, para não tomar tempo -, temos a extensão do mesmo benefício aos Engenheiros e Arquitetos que atuam na área da Saúde em Porto Alegre. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Emenda está sendo protocolada.

O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para discutir o PLE nº 034/11.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, quero fazer um preâmbulo, como fez o Ver. Oliboni, e dizer que estamos discutindo o abono salarial aos servidores detentores de cargos efetivos de Engenheiro, Engenheiro Agrônomo, Engenheiro Florestal, Engenheiro de Operações, Engenheiro Químico, Arquiteto, Geólogo e Geógrafo, e quero dizer a todos vocês, colegas da Prefeitura - sou municipário também -, que este é o caminho correto. Nós vivenciamos muito de perto esse processo em relação ao abono, Ver. Dr. Raul - todos sabem aqui -, que foi proposto aqui. Eu até, inicialmente, entendia que tínhamos que avançar mais no que foi proposto aqui pelo Ver. Dr. Raul, que, inclusive, depois, acabou sendo incorporado e gerou o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos Médicos. Naquele momento, foi efetivamente - e é, efetivamente - o que se pôde fazer, e nós observamos grandes avanços com isso. Foram avanços que concederam à categoria um aumento escalonado de 21%; são os avanços que determinaram a criação de um cargo que não existia, que é o cargo de 20 horas, construído em conjunto por esta Casa.

Mas lá nos faltaram algumas coisas, e aí aqui me permitam fazer essa analogia e dizer que, efetivamente, faltou, naquele momento, que a gente pudesse ter um olhar para os colegas do DMAE, e digo especificamente para os Médicos do DMAE. Eu acho que é meritório, eu acho que esse projeto é o caminho de um plano de carreira. Por óbvio, serei favorável, e quero dizer, porque todos esperam aqui a votação, que votarei sim à Emenda vinculada aos colegas da Saúde, por entender que, naquele momento, nós poderíamos e deveríamos ter avançado junto aos Médicos no DMAE também. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para discutir o PLE nº 034/11.

 

O SR. PEDRO RUAS: Srª Presidente, Sofia Cavedon; Srs. Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos dá a honra de sua presença, a Verª Fernanda Melchionna dizia, há alguns minutos, que este Projeto vindo do Executivo é fruto de uma luta dos trabalhadores e das trabalhadoras. E é verdade, Vereadora. Os trabalhadores e trabalhadoras, basicamente dessa área de Engenharia, Arquitetura, Geologia, tiveram, ao longo desses últimos 24 meses, um trabalho árduo e que merece de nós no mínimo duas coisas: primeiro, o registro e o elogio; segundo, o nosso apoio. Então, por óbvio o meu apoio, o apoio da Verª Fernanda Melchionna, o apoio do PSOL é integral ao Projeto.

Há pouco, na tribuna, o Ver. Beto Moesch, com muita propriedade, Verª Lurdes da Lomba, do PSB, que está apoiando, fez uma referência da maior importância sobre um conceito elementar, além das fronteiras do nosso País, mas incorporado também no Direito positivo brasileiro, nas normas trabalhistas: a isonomia, o tratamento isonômico. Esse conceito, Ver. Moesch, é o conceito que nos move em todas as ações, neste Plenário, que envolvam direitos trabalhistas - todas.

É claro que queríamos mais - e aí o Ver. Todeschini tem absoluta razão - quanto ao plano de carreira, mas nós trabalhamos com a realidade, com o dia a dia concreto. Neste momento, o que está ao nosso alcance? Esta é a pergunta que o legislador, que apresenta projeto, emenda, que vota e decide - o que é o trabalho geral do legislador - tem que definir: o que está ao nosso alcance neste exato momento? Na quarta-feira, hoje, o que está ao nosso alcance é aprovar este Projeto do Executivo, agora, já e, além disso, estender os limites legais que pudermos - como na Emenda que apresentamos há pouco e que apregoei, junto com outros Vereadores e Vereadoras no microfone de apartes - aos Engenheiros, Arquitetos, Técnicos, enfim, da área da Saúde ali contemplados. Isso está ao nosso alcance, isso nós podemos e vamos fazer.

A Declaração de Voto do Ver. Dr. Thiago Duarte é muito bem-vinda. Nós a recebemos com muita honra e não tínhamos dúvida, Vereador, com a sua trajetória na área da saúde, de que esse seria o seu posicionamento.

 

A Srª Fernanda Melchionna: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Agradeço-lhe pelo aparte. Para acelerar a votação, não vou me inscrever para falar, mas não poderia deixar de registrar, primeiro, o nosso apoio ao Projeto, como bem fez V. Exª, e a luta dos engenheiros e das engenheiras, dos arquitetos e das arquitetas, dos geógrafos e das geógrafas, dos geólogos e das geólogas, porque foi uma luta de quase dois anos de “capacetaço”, de operações que chamaram a atenção do Prefeito Municipal para a responsabilidade técnica e profissional daquelas pessoas que constroem a política pública na Prefeitura de Porto Alegre. Então, eu queria dizer, em relação às obras, em relação a toda responsabilidade técnica, que nós vamos votar favoravelmente ao Projeto. Evidentemente, a isonomia é uma questão fundamental, e por isso a Emenda, mas também é fundamental avançar para um plano carreira, porque abono é fundamental momentaneamente, mas é fundamental também levar para a aposentadoria, para os direitos trabalhistas. Tenho certeza de que é uma luta da categoria, e terão o nosso apoio. (Palmas.)

 

O SR. PEDRO RUAS: Obrigado, Verª Fernanda Melchionna. Concluo, Presidente, dizendo que esse é o nosso posicionamento. Temos claro que o que está ao nosso alcance no dia de hoje é isso; então, vamos fazer isso! Está ao nosso alcance, vamos fazer, vamos realizar! Na verdade, para uma categoria imensa de profissionais, isso representa um avanço significativo. Não é o ideal, não, mas é o que está ao alcance na quarta-feira, e, na quarta-feira, nós queremos essa vitória. Até a aprovação do Projeto!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro Zacher está com a palavra para discutir o PLE nº 034/11.

 

O SR. MAURO ZACHER: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu quero ser bastante breve porque os Engenheiros que aqui estão aguardam a aprovação deste Projeto com urgência e é assim que nós temos que proceder no dia de hoje.

Eu queria, primeiramente, dizer que o grande Projeto que o Executivo quer enviar para esta Casa - e eu sei que há um grupo de trabalho nesse sentido já há alguns meses, coordenado pela Secretária Sônia - é o plano de carreira. Isso, sim, é o que nós queremos alcançar, mas, nesse momento, o que nós estamos contemplando é um abono, que talvez esteja muito distante do ideal que nós buscamos.

Foram trazidas aqui nesta tribuna várias questões que nos cabe ressaltá-las brevemente. Realmente, nós oferecemos [um abono] a outras categorias, as quais também mereciam, como, evidentemente, merecem os Engenheiros e os Arquitetos do Município de Porto Alegre.

Quero registrar também que o Governo tinha uma preocupação de que começassem a surgir novas emendas, porque há outras categorias que também exigem o abono. Então, o Governo está dizendo que não irá incluí-las, neste momento, mas, ao mesmo tempo, está dizendo que continuará debatendo esse assunto e que, talvez, mandará um outro projeto para a Câmara ou irá incluí-las na discussão do plano de carreira, que, acredita-se, até o final do ano, será enviado pelo Governo a esta Casa. Não é o que este Vereador gostaria de dizer desta tribuna, mas nós temos que ser sinceros: esse abono não é aquilo que nós buscamos, e sim o plano de carreira. O pensamento da nossa Bancada é no sentido de que o Projeto seja aprovado, diremos não a esta Emenda, apesar de achá-la justa, pois há outras categorias que também gostariam de receber esse abono, como os Biólogos, os Farmacêuticos, mas o que é possível fazer, neste momento, é aprovar o abono para a categoria contemplada no Projeto. Este Vereador fez um esforço para que nós pudéssemos chegar a um consenso em relação aos Engenheiros e Arquitetos da Saúde, não foi possível, dentro da base do Governo, mas eu quero aqui deixar o nosso Gabinete, a nossa Bancada, à disposição, para que a gente possa avançar nessa matéria. E eu sei do esforço do meu Líder, Ver. João Dib, o esforço que fez para que pudéssemos rapidamente votar ainda neste Governo. E como é difícil para um Vereador, como o Ver. João Dib, dizer um não, ou seja, que não poderemos estender às outras categorias.

Então, Ver. João Dib, a Bancada do PDT compreende, e eu sei que a base do Governo entende, porque nós estaremos junto com vocês construindo um Projeto que venha atender às demandas, às necessidades e àquilo que realmente vocês têm por direito. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLE nº 034/11.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, Engenheiros e Engenheiras, funcionários que nos honram na Casa do Povo de Porto Alegre, nós, políticos, passamos por esta Casa, os Prefeitos passam, mas, na verdade, os grandes tocadores da máquina pública municipal são os servidores de carreira. A vocês o nosso abraço e o nosso reconhecimento.

Esta Casa acompanhou muito atentamente as justíssimas reivindicações dos senhores. Foram noites intermináveis; caminhadas pela esquina democrática e na frente da Prefeitura. E eu vejo esse abono como uma sinalização do Governo. Da gratificação que essa comissão paritária, hoje instalada, Ver. Dib, na Secretaria de Administração, que têm servidores, que tem Governo, eu acho que há de se constituir, contratar uma consultoria de alto gabarito, porque eu acho que penduricalho não é uma coisa boa para servidor, no Brasil inteiro. O Governo, e eu estou falando nos governos em geral, tem que olhar a Cidade como um todo. Funcionário bem pago produz, Ver. Cecchim, melhor, mas a Cidade também precisa de investimentos. Eu vi quando os senhores entraram em greve, olha, nós sabemos o que aconteceu em vários lugares, mas especialmente na questão dos projetos da Prefeitura. Isso mostra a importância dessa categoria, sem desmerecer nenhuma outra categoria.

Portanto, Ver. Dib, todos os Vereadores que falaram aqui acho que estão em comunhão de esforços, coletivamente, mas o Ver. Dib que, não é à toa, foi Prefeito desta Cidade, é Líder da nossa Base, conduziu isso, pediu urgência, fez apelo aos Vereadores que queriam propor emendas. Eu reconheço na Saúde e em outros locais, e o Governo não está dizendo não, está dizendo sim neste momento, mas o que foi construído neste momento foi esse Projeto. Mexer nisso agora é como diz um velho ditado popular: “A porteira que passa um boi passa uma boiada”. Olha, foi muito difícil essa construção, mas eu quero dizer que esta Casa vai se somar com as outras categorias que não foram incluídas, mas neste momento é o que está aqui. Eu quero dizer para vocês que sou da iniciativa privada, o único cargo público que tenho é este de Vereador, transitoriamente, mas tenho um respeito muito grande pelos servidores, mas me agrada profundamente no serviço público ganhar por produtividade, e acho que é isso que está se construindo nessa questão. Eu acho que a eficiência no setor público é uma coisa muito importante, não para o serviço público, mas para o cidadão. Eu sonho - não serei mais Vereador, volto para a planície - que um dia os projetos nesta Cidade, Ver. Cecchim, meu Líder de Bancada, sejam aprovados mais rápido. Eu sonho que um dia a gente acabe com muitas paredes do serviço público, que as pessoas se enxerguem e que a gente não fique nesse processo do ao, ao: ao fulano leva três meses; ao beltrano mais quatro meses; ao cicrano mais cinco meses, e quem paga a conta? Esse é um custo do Brasil muito grande, o serviço público brasileiro precisa profissionalizar, precisamos diminuir os cargos de confiança no Brasil, precisa ascender-se ao serviço público não por apadrinhamento, mas por competência. Uma chefia incompetente faz muito mal ao serviço público, cria embaraços enormes, é assim que eu enxergo. Há um velho ditado que diz que “a organização faz avançar”, e vocês estão abrindo a porteira para todo o funcionalismo, porque, na verdade, o servidor não quer abono, ele quer salário justo, mas aqui - e vejo desta forma - há uma sinalização da efetivação da gratificação, mas vejo, acima de tudo, a possibilidade de, pela primeira vez, os servidores terem um plano de carreira que nunca tiveram na história dos 239 anos de Porto Alegre. Cumprimento vocês, e penso que, neste momento, Ver. Dib, é possível aprovar da forma como está. Respeito profundamente aos que colocaram a Emenda, há legitimidade para isso, há debate político para isso, mas não vejo, neste momento, possibilidade de abrir uma fenda no segundo debate. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra para discutir o PLE nº 034/11.

 

O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, todos os profissionais aqui presentes e também os que não estão. O PPS irá votar favoravelmente ao Projeto, não tenham dúvida disso, mas vamos continuar com o nosso pensamento, dentro do PPS, que o grande mal deste país é o salário. O salário não precisaria de abono ou como queiram chamar, se nós tivéssemos a consciência de quem constrói este país, de quem faz deste um país rico e um país onde todos nós queremos ser felizes.

O dia em que conseguirmos não necessitar mais de abono, não necessitar isentar alguém de pagar a passagem, o dia em que não tivermos mais que dar vale-transporte, dar isso ou dar aquilo, e que o salário for suficiente, condizente com aquela categoria, o país aí realmente cresceu, e nós todos crescemos, pois poderemos ter uma vida mais digna.

Deixo bem claro que a Bancada do PPS votará favorável a esse Projeto e a outros projetos que façam justiça no que diz respeito ao salário. Eu penso que o grande problema deste país é o salário baixo de todas as categorias, não só dessa. Não precisa de abono, tem que haver é salário. O PPS irá votar favoravelmente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Nilo Santos está com a palavra para discutir o PLE nº 034/11.

 

O SR. NILO SANTOS: Srª Presidente, eu não pretendo usar os cinco minutos, apenas peço que os Vereadores que encaminharam essa Emenda deem um tempo para que a gente possa construir alguma coisa. O caminho fica aberto, as portas estão abertas para uma discussão. Srª Presidente, que possamos votar imediatamente o Projeto, para não discutirmos emendas depois, e tudo mais. Isso não prejudicaria aqueles que, neste momento, estão pleiteando o abono. Obrigado, Srª Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o PLE nº 034/11.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, caros Engenheiros, Engenheiros agrônomos, Engenheiros Florestais, Engenheiros de Operações, Engenheiros Químicos, Arquitetos, Geólogos e Geógrafos ativos, da Administração Centralizada, das Autarquias e Fundação Municipais, primeiramente, quero parabenizá-los pela forma como organizaram o movimento. Na oportunidade, eu estava à frente da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Começamos a ver a forma inteligente como se organizaram. Lembro que fomos fazer a inauguração da galeria de fotos dos ex-Secretários, e todo esse contingente estava em frente à Secretaria. O Prefeito Fortunati chegou, entrou pela porta dos fundos e fez a inauguração. Na saída, todos os Engenheiros, em uma fila, cumprimentaram o Prefeito, que comentou: É todo esse pessoal? Aos poucos, em cada Secretaria, o movimento foi tomando corpo, mostrando, realmente, que a atividade de vocês é forte e decisiva para o trabalho da Prefeitura. Vocês não causaram mais transtorno porque, ao mesmo tempo, são pessoas que têm zelo pela coisa pública e sabem fazer uma discussão, de forma a mostrar do que são capazes e por que são merecedores.

De forma bem sucinta, talvez não seja aquilo que vocês contemplavam, mas é aquilo que foi possível acordar, porque, ao longo desses últimos anos, sabemos que este Governo e os anteriores não enfrentaram de forma mais incisiva o funcionalismo público como um todo. Isso é o que vai ter que ser feito a médio e longo prazo, porque está sendo uma espécie de colcha de retalhos, ou seja, quem se mobiliza leva, quem se mobiliza leva, leva, leva, e, ao mesmo tempo, não contempla aquilo que se busca, que é a isonomia, a justiça social pelos diversos trabalhos, porque todos, quando fazem um concurso, presume-se que deveriam ganhar pelo menos a mesma coisa pelas suas funções. Não acontece isso. Então, nós queremos, mais uma vez, parabenizá-los e dizer, sim, que nós não temos nenhuma dúvida de que o Projeto que veio do Governo vai ser aprovado por unanimidade. Parabéns!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLE nº 034/11.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, eu conversei com várias pessoas ligadas a esse setor que, hoje, está aqui buscando este abono e cheguei a algumas conclusões. Conversando também com a Liderança do Governo, Ver. João Dib, pude ver que os encaminhamentos que estão sendo feitos, aqui, alguns deles merecem guarida imediata e outros ainda não. Primeiramente, eu quero dizer que os senhores fizeram um movimento extremamente inteligente, porque não partiram para uma greve, mas, sim, mostraram, através de uma operação, que eu vou qualificar de operação tartaruga, alguma coisa assim, que, sem a competência e a capacidade dos senhores, na Administração, o Município não anda, o Município fica parado. E nós vimos que vários projetos importantes, em vários setores extremamente importantes da nossa sociedade, acabaram paralisados exatamente porque os senhores resolveram mostrar a força que tinham. Eu acho que isso é extremamente válido. Sempre que nós estamos disputando alguma coisa dentro de um setor - e os senhores disputavam salário -, temos que mostrar a força que realmente existe. Os senhores fizeram isto. E eu acredito que o Município, os administradores, se não sabiam ainda, ficaram sabendo exatamente a força que os senhores possuem.

Algo que eu acredito que nós não podemos deixar de pensar é que, dentro do orçamento que nós temos na Cidade, existe um valor constitucional destinado para o pagamento de funcionários públicos. Quanto mais nós aumentamos o número de funcionários públicos, menos os senhores têm chance de fazer com que os seus salários sejam salários dignos.

Então, eu acho que esta seria uma grande discussão a ser feita entre os funcionários públicos, exatamente para não permitir mais que o número de funcionários seja aumentado a ponto de prejudicar, quando os senhores querem discutir um aumento que vai ser justo para aquilo que os senhores realmente valem dentro da função pública.

Então, eu acho que este abono que nós estamos votando hoje, que bom que não fosse abono, que bom que ele pudesse realmente estar sendo incorporado aos seus vencimentos de forma oficial, para que os senhores pudessem ver incidindo sobre este abono todos os benefícios, tudo aquilo que o tempo de serviço traz para cada um dos trabalhadores, mas não vai ser assim. Nós estamos votando simplesmente um abono. Mas, afinal de contas, não deixou de ser uma conquista absolutamente válida.

Com relação à Emenda que me foi oferecida, Ver. Pedro Ruas, para que eu também assinasse, eu acredito que tudo aquilo que não é negociado com o Governo, no caso de salários - e os funcionários que hoje estão ganhando abono fizeram uma longa negociação -, eu acho que é válido em termos políticos, porque, afinal de contas, é um modo de V. Exª e outros Vereadores que assinaram a Emenda mostrarem aquilo que pensam a respeito de todo o processo. Mas eu acho que o caminho a ser indicado é que estas outras categorias, estes outros funcionários, estes outros Engenheiros, que também possam negociar para que eles, quem sabe, se forem injustiçados por este Projeto que estamos votando hoje, que eles possam...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. LUIZ BRAZ: ...de uma forma mais justa, serem integrados a um futuro projeto para nós votarmos aqui.

O Governo tem uma grande maioria aqui na Casa, então tudo que não é negociado nós sabemos que não tem chance. Vossa Excelência, que é um Vereador experiente, inteligente, maduro, eu tenho certeza absoluta de que também tem essa consciência de que a Emenda não tem chance, se não for realmente fruto de uma negociação com o Governo, assim como é o abono de R$ 500,00, que é fruto de uma longa negociação. Então essa será a postura da Bancada que apoia o Governo, aqui na Casa, de votar favoravelmente ao abono e de apontar para que novas negociações possam continuar sendo feitas. Até porque, eu acho que essa não é a forma ideal de nós realmente contemplarmos...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.) (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Apregoo a Emenda nº 01 ao PLE nº 034/10, que altera a redação do Parágrafo Único do art. 1º (Lê.): “Parágrafo único: Ficam excluídos do abono salarial os servidores detentores de cargos de provimento efetivo arrolados no art. 1º em exercício no Gabinete de Programação Orçamentária e no Gabinete de Planejamento Estratégico, ambos do Gabinete do Prefeito, na Secretaria Municipal da Fazenda e na Procuradoria-Geral do Município.

Justificativa. Os Engenheiros e Arquitetos da SMS não recebem gratificações de mesma motivação como as percebidas pelos funcionários da SMF, GPE, GPO e GP, qual sejam, gratificações que ensejam resultados de produtividade. À exceção de quatro Engenheiros que trabalham em hospitais, que percebem gratificações de 110%, os demais 15 Engenheiros e Arquitetos da SMS não recebem quaisquer gratificações diferenciadas por estarem lotados naquela Secretaria. Ainda assim, a gratificação de 110% dos hospitais é para os servidores que trabalham em condições especiais, com finalidade e motivos diferentes.” Esta Emenda foi assinada pelos Vereadores do PT, do PSOL, do PCdoB e do PSB.

Apregoo Requerimento, de autoria do Ver. Pedro Ruas, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 01 ao PLE nº 034/11, à apreciação das Comissões, para Parecer. Em votação. (Pausa.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Vereadora, coerentemente, eu não poderia aprovar o Requerimento de dispensa de envio às Comissões, na medida em que eu acho que uma Emenda dessa, feita na última hora, mereceria, no mínimo, ser devidamente estudada pelas Comissões e, depois, votada conosco. Mas eu estou trabalhando diante de uma realidade: aprovar o envio às Comissões implica, em outras palavras, adiar a votação do dia de hoje, e eu tenho certeza de que ninguém quer isso. Então ao me abster dessa votação, eu estou dando a minha concordância para a estratégia que desenvolve no fim de não protelar a votação no dia de hoje. (Palmas.) Porque, alerto bem, decidido pelo envio às Comissões, necessária e obrigatoriamente, nós teríamos o adiamento da votação deste Projeto, e eu tenho a esperança de que ninguém queira isso.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A fala do Ver. Reginaldo esclarece os senhores municipários, porque, se não for dispensado o envio da Emenda para Parecer, na verdade, o Projeto não poderia ser votado e teria que voltar à Comissão para Parecer da Emenda.

Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Pedro Ruas, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 01, ao PLE nº 034/11, à apreciação das Comissões, para Parecer. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO, com a abstenção do Ver. Reginaldo Pujol.

Apregoo Requerimento, de autoria do Ver. Professor Garcia, que solicita votação em destaque da Emenda nº 01 ao PLE nº 034/11.

O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir o PLE nº 034/11.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, senhoras e senhores Vereadores, somente me ouvindo já é o suficiente para verificarem que eu não estou em condições de saúde ideal para estar participando de um debate mais acirrado nesta Casa. Estou aqui, porque acho que a Casa tem a oportunidade, no dia de hoje, de consolidar uma longa e penosa negociação que se desenvolveu ao longo do tempo. Eu tenho conversado com alguns amigos engenheiros, arquitetos, geólogos, geógrafos, e todos eles estão muito conscientes de que no mundo, com muita frequência, na busca do ótimo, a gente perde o bom, e, que, tentando alcançar o bom, se perde o regular.

Eu, honestamente, não sei se essa é a melhor solução, mas é uma solução viável, alcançável, a partir de já com retroação ao mês de fevereiro e, obviamente, com reflexos econômico-financeiros para nossos queridos profissionais que estão sendo beneficiados com esse Projeto.

Quanto à Emenda, eu quero dizer que, seguramente, votarei contra, porque acho que não podemos fazer um acordo pela metade. Se houve uma composição entre as partes, entre o Executivo Municipal, a Comissão Paritária, entre a Classe para que as coisas ocorressem do modo, nós não podemos, na última hora, fazer emendas, beneficiando quem quer que seja, até porque, como disse no microfone de apartes, são extremamente complexos os efeitos e os reflexos dessa ação. Há até os que afirmam que estaríamos instituindo um novo regime de gratificação em cima de gratificação, o que, convenhamos, não é o que se deseja como justiça aos engenheiros, arquitetos, geólogos, enfim, a todos que são beneficiados com a lei. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PROFESSOR GARCIA (Requerimento): Srª Presidente, solicito a retirada de Destaque da Emenda nº 01 ao PLE nº 034/11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Certo, não será possível discutir a Emenda no momento da votação.

 

O SR. PEDRO RUAS: Quero agradecer a sensibilidade do Ver. Profº Garcia e esclarecer, claro que os Vereadores sabem disso, mas até particularmente a quem nos visita no dia de hoje, que o Projeto será aprovado por unanimidade. O que teremos agora não traz nenhum risco para o Projeto, a Emenda não traz risco algum para o Projeto. O que a Emenda pode é estender esse abono para alguns engenheiros e arquitetos da Saúde. Não há risco para o Projeto. Agradeço ao Professor Garcia a sensibilidade nesse tema.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para discutir o PLE nº 034/11.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, confesso aos trabalhadores e trabalhadoras que não iria vir à tribuna. Como vocês, acompanhei atentamente cada uma das intervenções que se sucederam aqui e algumas coisas, pelo menos duas, precisam ser ditas nesta tribuna, porque de fato, podem ficar mal colocadas. A primeira é a questão da importância dos profissionais de carreira no serviço público. E é bem verdade, nós, do PSOL, também acreditamos que é necessário ter concurso público, porque os Prefeitos, Vereadores, Secretários passam, e os trabalhadores, que conhecem a realidade da Cidade e do Estado, ficam. Mas é necessário ser dito nesta tribuna que este Governo priorizou a abertura enorme, Ver. João Antonio Dib, de Cargos em Comissão, em muitos casos que poderiam ter sido de vagas para concurso público e para valorizar o serviço do Município de Porto Alegre. Não é à toa que hoje nós temos 540 Cargos em Comissão na Administração Direta e 800 na Administração Indireta. E em todos os projetos do Município, seja na criação do Gabinete de Planejamento Estratégico, na Secretaria dos Direitos dos Animais, na criação da Secretaria Municipal do Trabalho, sempre vinha embutida a criação de Cargos em Comissão para acomodar os “amigos do rei”, enquanto R$ 30 milhões são pagos para os Cargos em Comissão. É uma luta de dois anos de vocês para arrancar R$ 1,3 milhão por um direito, que é o abono, que deveria estar incorporado ao salário. Então, eu não posso me calar diante dessa injustiça. Não posso ficar quieta quando a gente vê que, para a publicidade, este Governo, trabalhadores e trabalhadoras, gasta quase R$ 12 milhões por ano, comprando páginas nos grandes meios de comunicação, enquanto é uma luta conquistar um abono - que não é plano de carreira, e eu sei que vocês vão lutar valorosamente, arduamente, heroicamente, como fizeram pelo plano de carreira, cargos e salários, e vocês podem contar com o nosso apoio, assim como a luta para ter isonomia, assim como a luta pelo serviço público municipal e para o conjunto dos municipários -, mas é uma vergonha ver que demoram dois anos para ter direitos ao mesmo tempo em que em um ano se gasta mais de R$ 10 milhões, comprando páginas de jornal para dizer o que estão fazendo, enquanto vocês estão na ponta. É uma vergonha ver também que a Prefeitura gasta R$ 800 milhões em terceirização, como foi no ano passado, e, quando o profissional de carreira está lá fazendo, a obra é mais rápida, a obra é mais barata, a obra é melhor, como o caso da rótula da Av. Nilo Peçanha, que foram os trabalhadores municipais, concursados, que fizeram! Então, para acabar com a demagogia, algumas coisas tinham que ser colocadas nesta tribuna. Eu peço desculpas a vocês. Eu não queria falar, mas tem coisas que devem ser ditas.

Para concluir, eu conversava com o Ver. Pedro Ruas sobre a questão da Emenda. Vossa Excelência esclareceu. Fizeram um apelo para que nós retirássemos a Emenda para construir um compromisso com o Governo. Mas qual compromisso pode ser construído com um Governo que cedeu o abono, depois o plano de carreira para os médicos - e nós votamos isso com unanimidade nesta Casa -, prometendo estender para todos os servidores da Saúde depois, foi lá e tirou um direito histórico dos trabalhadores da Saúde, que era a jornada de 30 horas? Que compromisso a gente pode fazer quando vê que qualquer conquista dos trabalhadores e trabalhadoras organizadas no Município de Porto Alegre vem da luta concreta de vocês? Então, os 18 trabalhadores... E a Emenda não prejudicará a votação do Projeto, mas é importante ficar registrado quem votou a favor da isonomia e a favor de que 18 trabalhadores - que vão cuidar da obra de ampliação do Pronto-Socorro, da construção das Unidades dos Postos de Saúde, cerca de 50 sofrerão reformas no próximo período - possam ter, minimamente, uma votação que responda quem está do lado desses trabalhadores e quem não está. Porque, deste Governo, nós não esperamos compromisso, nós arrancamos na luta, na mobilização, nos capacetaços, nas mobilizações, nas operações. E, por isso, eu saúdo cada um e cada uma de vocês. Mas nós precisamos, sim, para arrancar qualquer compromisso, clarear quem é quem nessa ciranda, nesse jogo, que se diz muita coisa, mas, para mim, a prática é o critério da verdade.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Maristela Maffei está com a palavra para discutir o PLE nº 034/11.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, senhores servidores, faço questão de estar com o Projeto em mãos para não cometer a gafe que cometi no outro encaminhamento que fiz, falando apenas – não diminuindo, é claro – dos engenheiros e esquecendo de todos os técnicos que aqui estão. Então, esta Vereadora faz a sua ressalva, reafirma a posição do PCdoB em relação ao Projeto, nós vamos acompanhar como nós dissemos.

Agora, nós temos um compromisso com todos os servidores. É claro que nós não estamos aqui, conforme pareceu na fala de alguns, para fazer uma manobra para retroceder o processo. Não, a nossa visão, como Vereadores de Porto Alegre, é que tem de ter o todo. E eu estava entendendo desta forma. Trazer a questão, também, dos técnicos da Área da Saúde, para nós, é fundamental. Acho que a Vereadora Fernanda colocou muito bem aqui.

Nós não estamos aqui - e o Ver. Pedro Ruas e outros Vereadores colocaram, que assinaram a Emenda - para levar pecha de que nós estamos fazendo algum movimento para atrasar o processo. Apenas estamos retificando o que consideramos uma injustiça. Por que uma parte deste processo - já que está sendo feita uma reestruturação grande na Saúde, e os engenheiros são parte fundamental disso - vai ficar de fora? O Prefeito Fortunati, com certeza, com a sua sensibilidade, amanhã, quando terá uma reunião com a outra parte, não vai vetar a Emenda, se por aqui ela passar. Portanto, não há nenhum atraso. Vai depender absolutamente apenas de uma pessoa. Eu tenho certeza de que os técnicos que aqui estão não são contra aqueles que poderão ser incorporados hoje. É uma categoria! É a categoria dos servidores públicos da nossa Capital, e nós sempre lutamos para a sua unificação, salvando as suas qualificações específicas de cada categoria. Essa é a posição do PCdoB: a unidade dos servidores, ressalvando-se as suas especificações, mas não esquecendo que, na área da Saúde, nós que estamos na ponta, sabemos o quanto é importante, assim como o restante, estarem à altura das necessidades da nossa Capital.

Esta é a posição do PCdoB. Muito obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para discutir o PLE nº 034/11.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, Srs. Engenheiros, Arquitetos, Geólogos e demais profissionais aqui presentes, eu não ia me manifestar, mas vou fazê-lo só para repor, aqui, uma justiça.

Falou-se muito aqui que o Governo não quer, que o Governo isso, que o Governo aquilo... E a Verª Fernanda disse que, agora, iríamos saber a verdade, na hora da votação, saber quem é quem. E eu quero dizer que não preciso chegar ao voto para dizer quem eu sou A posição todo o mundo sabe antes de ser dado o voto. Não é no voto que eu vou me mostrar!

Agora, só para fazer justiça, essa Emenda atrapalharia e postergaria, sim, a votação, se não fosse o Governo dar o acordo, se não fosse o Ver. Reginaldo Pujol se abster. Se nós não tivéssemos votado, não acordado, e a Emenda tivesse ido para as Comissões, não sairia a votação hoje!

É só para repor essa verdade, para repor a justiça com os Vereadores que se abstiveram e que aprovaram a não ida do Projeto às Comissões. A votação sairá hoje, sim, com o apoio de todos. Ninguém é contra ninguém aqui. Mas vamos votar o Projeto sem fazer injustiças, dizendo que o Governo não quer. O Governo quis, quer, vai votar a favor do Projeto, e agora.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Pedro Ruas, a Emenda nº 1 ao PLE nº 034/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 13 votos SIM e 19 votos NÃO.

Antes de solicitar a abertura do painel para a votação, à guisa de encaminhamento, quero dizer aos colegas municipários - não me manifestei como Presidente - que tenho dois elogios a fazer: por sua luta unificada com o conjunto dos municipários, no início deste ano, que foi fundamental, porque é ela que mantém a dignidade dos salários a longo prazo, e pela luta atual, desejando que este abono se torne parte de uma carreira, que é a luta de todos os municipários.

Em votação nominal, por solicitação desta presidência, o PLE nº 034/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 32 votos SIM.

Agradecemos a presença dos municipários nesta Casa, parabenizando-os pela conquista.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3043/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 031/11, que dispõe sobre as Diretrizes Orçamentárias para 2012. Com Emendas nos 01 a 14.

 

Parecer:

- da CEFOR. Relator Ver. Airto Ferronato: pela aprovação do Projeto e das Emendas nos 03, 05 a 08 e 10 a 14, e pela rejeição das Emendas nos 01, 02, 04 e 09.

 

Observações:

- para aprovação, maioria simples de votos, presente a maioria absoluta dos Vereadores – art. 53, “caput”, c/c art. 82, “caput”, da LOM.

- o Projeto será votado com as Emendas com Parecer pela aprovação, nos termos do art. 120, VI, do Regimento da CMPA;

- para a votação em separado de Emenda com Parecer pela aprovação ou rejeição, será necessário requerimento subscrito por um terço dos membros da Casa – art. 120, VI, do Regimento da CMPA;

- durante a Ordem do Dia não serão admitidas Emendas (art. 120, § 2º, do Regimento);

- incluído na Ordem do Dia em 03-10-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLE nº 031/11. (Pausa.) O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLE nº 031/11.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, nós estamos votando, na verdade, uma das leis mais importantes que é apreciada por esta Casa todos os anos, que é baseada no Plano Plurianual e que dá embasamento para que nós possamos votar, no final do ano, o Orçamento para o ano de 2012. Existem algumas correções que normalmente são feitas aqui por esta Casa, mas, infelizmente, ano após ano, as Administrações teimam em mandar o texto exatamente do mesmo jeito. Nós estamos analisando a Lei de Diretrizes Orçamentárias, e eu falava que existem algumas correções que são feitas por esta Casa todos os anos e que são absolutamente normais, mas, infelizmente todas as Administrações, não apenas esta, resolvem mandar o mesmo texto no ano seguinte, para que esta Casa possa modificá-lo.

Uma dessas alterações que nós fazemos é com relação à contingência. Existe uma Lei Federal que coloca que os recursos de contingência têm que ser de, no mínimo, 1%. Ora, a Lei fala apenas no mínimo, mas eu acho que nós temos que regrar no máximo, porque se não fizermos isso, todo o Orçamento fica contigenciado.

E eu acho que é um absurdo que se trabalhe dentro de uma Administração com todo o Orçamento contigenciado.

Nós estamos colocando uma Emenda para que o máximo que se possa usar, como verba de contingência, seja de 5%. Acho que é alguma coisa normal para se trabalhar com recurso de contingência nessa base de 5%.

A outra, é com relação àquilo que podemos trabalhar como recursos que não precisam ser mais votados por esta Casa.

Eu tenho aqui a contingência que fica na base de 5%, e também 5% para o art. 9º do Projeto. E no art. 9º do Projeto cita que fica o Poder Executivo, de acordo com o disposto na Constituição, autorizado a abrir créditos suplementares de no máximo 10%.

Sempre esta Casa corrigiu esses 10%, baixando-os para 5%, para 4%. Nós apresentamos uma Emenda baixando para 5%, porque acho que 5% é mais do que suficiente para que o Gestor Municipal trabalhe, Ver. João Dib, porque o restante, se ele quiser suplementar, ele manda para cá, para que esta Casa possa acompanhar o seu trabalho e votar, sabendo exatamente o que está acontecendo dentro do Executivo.

Então, estamos oferecendo uma Emenda, baixando para 5% esses recursos suplementares, e também fazendo a contingência em 5%; no máximo de 5%, porque tem o mínimo de 1%. Mas tem alguma coisa que nós não podemos abrir mão: quando nós estamos votando o Orçamento, que é a Lei maior que nós votamos aqui, todos os anos, na Câmara Municipal, nós temos que nos guiar apenas por aquilo que é realmente oficial dentro do Município. Não é que nós vamos relegar a um segundo plano o Orçamento Participativo, mas desde a época em que o PT administrava o nosso Município, eu sempre vim a esta tribuna, Ver. Elói, para este mesmo discurso. Eu acredito que para citar o que é votado no Orçamento Participativo, para colocar dentro do Orçamento, é necessário se oficializar o Orçamento Participativo; é necessário se votar, colocando como um dos instrumentos estruturais da Administração, o Orçamento Participativo. Se não for assim, eu acho que fica um absurdo falar que vamos votar o Orçamento de acordo com aquilo que foi votado no Orçamento Participativo - mas ele não é um órgão oficial, apesar de o Município poder se basear no que for -, mas, na Lei, o Orçamento Participativo não pode constar. Na Legislação não pode constar que nós estamos votando de acordo com o Orçamento Participativo, porque, no mundo das Leis, o Orçamento Participativo não existe! Não sei por que nenhuma Administração, até hoje, quis oficializar o Orçamento Participativo.

Por isso, estou colocando uma outra Emenda, mudando o caput; não estou mudando prioridades, elas continuam absolutamente as mesmas. Mas o caput onde diz que é de acordo com aquilo que está previsto no Orçamento Participativo, eu estou mudando, conservando as prioridades, mas trazendo a Lei das Diretrizes Orçamentárias para o mundo do real, para aquilo que nós realmente devemos fazer. Não que eu seja contrário ao Orçamento Participativo, mas acredito que para citar o Orçamento Participativo, nós temos que incluir o Orçamento Participativo como uma instituição oficial do Município, coisa que nenhuma das Administrações quis fazer, infelizmente.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luiz Braz continua a sua manifestação de discussão do PLE nº 031/11, a partir deste momento, por cedência de tempo do Ver. Mario Manfro.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Agradeço, mais uma vez, Verª Sofia Cavedon. Uma outra contrariedade que tenho, quando estou analisando a Lei de Diretrizes Orçamentárias, é com relação ao que está previsto no seu art. 17. A primeira parte é absolutamente correta quando diz que o projeto de lei que conceda ou amplie incentivo ou benefício de natureza tributária, do qual decorra denúncia de receita, deverá estar acompanhado dos documentos aludidos no art. 14 da Lei Complementar Federal nº 101, de 4 de maio de 2000. Ora, quando vamos para a Lei Complementar nº 101, lá no art. 14, veremos que realmente essa primeira parte está absolutamente correta, só que, Ver. João Dib, extrapola o Município quando, logo a seguir, cria exceções para poder driblar o art. 17 da Lei Complementar nº 101. Ora, a Lei Federal Complementar nº 101 não admite nenhuma exceção; ela coloca exatamente no art. 14 tudo aquilo, na verdade, que é relativo às isenções. Ora, como podemos aqui, no Município, criar institutos para driblar o art. 14? Acho que não podemos, não devemos, não existe, em nenhum ponto, da Lei Complementar nº 101, algo que permita essas transgressões, ou aumentar as isenções.

Então, nós estamos também sugerindo que seja retirado o art. nº 18, onde consta que são considerados incentivos ou benefícios de natureza tributária, para fins do art. 17, os gastos governamentais indiretos decorrentes da legislação tributária vigente que visem atender a objetivos econômico-sociais explicitados na norma que desonera o tributo - até aqui está no art. 17. Aí diz assim: “Constituindo exceção à Lei Tributária”. Ora, nós não vamos constituir exceção à Lei Tributária, nós vamos manter aquilo que fala a Lei Complementar nº 101, no seu art. 14. Eu acho que nós não podemos constituir essa isenção, essa exceção, porque nós vamos realmente nos dar mal, vamos bater de frente com a Lei Complementar nº 101. Por isso, estamos pedindo a exclusão do art. 18 do Projeto que foi enviado a esta Casa. Já está terminando o meu tempo; portanto, encerro justificando por que apresentei essas Emendas. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Maria Celeste está com a palavra para discutir o PLE nº 031/11.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Srª Presidenta, Verª Sofia Cavedon; Vereadoras Fernanda, Lurdes da Lomba e Maristela, que estão conosco nesta Sessão, aumentando a Bancada feminina desta Casa; Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos acompanham nesta Sessão, discutir a Peça Orçamentária ou LDO nesta Casa, nos últimos anos, tem sido bastante significativo, embora essa Peça Orçamentária seja apenas um modelo ou uma peça de ficção. O Governo Municipal elabora o seu Orçamento, especialmente as suas diretrizes, e, ao longo do período seguinte, não é efetivamente realizado aquilo que está previsto.

Parece-me que a grande novidade, este ano - reconheço isso em relação ao Prefeito Fortunati -, é que, efetivamente, as prioridades elencadas no Orçamento Participativo são colocadas, inclusive no Projeto de Lei.

Acho que essa é a maior e mais significativa diferença nesta carta de intenções, porque é o que tem sido, ao longo dos últimos anos: apenas uma carta de intenções do Governo, que não é cumprida. Eu quero dizer, com muita tranquilidade, porque observo e acompanho os números, que, quando fazemos a comparação, Ver. João Antonio Dib, nós ficamos preocupados. O que está previsto para 2011 é um Orçamento de R$ 668,2 milhões. Foram empenhados agora, em 2011, apenas 41,9% do que foi previsto, ou seja, R$ 280 milhões. Foi efetivamente realizado, Ver. João Antonio Dib, apenas 30% - isso, em relação ao Orçamento de 2011. Por isso nós afirmamos aqui nesta tribuna que o Orçamento, a Lei de Diretrizes Orçamentárias é apenas uma peça de ficção, porque aquilo que é projetado acaba não sendo realizado, acaba não sendo empenhado. E, se alguém tem alguma dúvida em relação a esses dados, é só buscar no site da Prefeitura Municipal - eu estou aqui com os dados atualizados, os peguei hoje, às 14h8min. Efetivamente, é uma mera peça de ficção cientifica a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Exatamente, Ver. Todeschini, são apenas lançamentos contábeis que, no ano seguinte, a gente não vê efetivamente reproduzidos em serviços, em atendimentos para a população na cidade de Porto Alegre.

Quero trazer um exemplo, Ver. DJ Cassiá, da Secretaria de Obras e Viação – SMOV, que melhorou muito no último período, mas ainda está muito aquém daquilo que nós gostaríamos, porque é uma Secretaria que tem que preparar as ruas da cidade, as grandes avenidas, especialmente para o grande evento da Copa, que nós vamos ter em 2014, mas que, hoje, é um grande problema, que são as vias estruturais da nossa Cidade. Senão, vejamos: eu tenho aqui, por exemplo, a infraestrutura urbana, o trecho projetado para o Orçamento 2011, o trecho do acesso Norte do Porto Seco. O que foi empenhado até o dia de hoje? Zero. O que foi liquidado? Zero. O que foi pago? Zero. Construção do calçadão na orla do Guaíba na Vila Assunção: zero. Na duplicação da Av. Voluntários da Pátria, o que foi efetivamente empenhado? Zero. O que foi liquidado? Zero. O que foi pago? Zero. E nós estamos falando de uma das mais importantes Secretarias do Município de Porto Alegre, que é a SMOV. Então, quando a gente faz esta análise e traz os dados, isso nos preocupa, e muito. E não é só a SMOV, eu trouxe apenas um exemplo, porque são vias estruturantes da nossa Cidade, que têm a ver com o trânsito, que têm a ver com o fluxo, que têm a ver com o trânsito diário de caminhões, de ônibus, de acessos importantes, que a gente não vê, na nossa Cidade, serem efetivamente realizados através de Projetos.

E quero fazer uma referência muito justa ao Ver. Luiz Braz: eu lembro muito bem, Ver. Luiz Braz, que o senhor sempre apresenta essa Emenda, todos os anos, e, desde o nosso Governo da Frente Popular, já vinha estipulado o percentual de 10%, no Orçamento, do total da despesa autorizado, e o senhor continua alertando o Governo e fazendo sempre a mesma Emenda, para que baixe o percentual para 4,5%, 5%, como o senhor fez desta vez. Certamente, vamos acompanhar a sua Emenda. Muito obrigada, Srª Presidente.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLE n° 031/11.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Srª Presidente; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, todos que nos acompanham, nosso boa-tarde. A Lei Orçamentária, a LDO, o Orçamento Plurianual, são as Leis mais importantes de cada órgão, de cada ente federado, e aqui nós estamos tratando do nosso Município de Porto Alegre, Município importante, que tem inserção, destaque, que fez história na cultura e na política, no Rio Grande, no Brasil e no mundo. Mas nos últimos dias, infelizmente, aquilo que os governantes têm prometido não tem acontecido e tem ficado muito longe de acontecer.

Ver. João Dib, que não anda muito bem nos números, ultimamente, acena discordando. Quanto é o Orçamento que aprovamos para 2011? Orçamento de R$ 645 milhões - não foi? - para investimento. Aos que nos assistem, entendam bem: para investimento. O executado até agosto foi R$ 255 milhões ou R$ 265 milhões, algo assim - não chegou à metade. O Orçamento deste ano, total, é de 4 bilhões, 170 milhões de reais. E, para o ano que vem - para o ano que vem, atentem bem -, o Governo está prometendo aplicar em Porto Alegre, entre salários, serviços e obras, 4 bilhões e 170 milhões de reais - é isso, não é, Ver. João Dib? Só que o que tem acontecido, ao longo dos tempos, é que o Governo tem ficado muito longe de cumprir a Lei Orçamentária, muito distante: o que é empenhado, não chega a 50% do que é prometido; o que é liquidado, menos ainda; e o que é pago, um pouco menos.

Então, Vereadores e Vereadoras, se o Executivo está enviando esse Projeto, não serei eu que vou discordar. É o Executivo que está assumindo um compromisso diante do Orçamento Participativo, está assumindo um compromisso diante da Cidade e está prometendo a esta Câmara que cumprirá, que fará, que executará esse Orçamento. Estou dando mais um crédito. Quero ver!

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Ver. João Dib, eu lhe concedo um aparte que certamente enobrecerá o nosso debate.

 

O Sr. João Antonio Dib: Nobre Ver. Todeschini, eu ouço V. Exª sempre com muita atenção.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Obrigado, Vereador.

 

O Sr. João Antonio Dib: Eu estou muito bem nos números. Se V. Exª verificar os dez últimos anos do seu Partido, nunca passou de 40% dos investimentos prometidos. É claro que, para fazer um investimento, depende de licitação, depende de início de obra, e, depois, se faz o empenho e paga.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Vossa Excelência tem razão, o procedimento é esse, é verdadeiro, nobre Ver. João Dib. O passo é o empenho, a liquidação e o pagamento. Agora discordo de que na Administração Popular não tenha passado de 40%. Sempre foi executado mais de 85% do Orçamento para investimentos, sempre! O que tem acontecido, agora, e os números não mentem, basta que se leia – por isso eu disse que V. Exª anda mal nos números, Ver. João Dib! –, é que a execução, nos últimos sete anos teve, em média, 38% do global do Orçamento. Na Administração Popular, sempre passou de 85%, essa é a diferença. É por isso o tal abandono que se enxerga na Cidade. Melhorou um pouquinho, agora, com o Governo Fortunati, mas continua ruim.

Então, vamos acreditar, mais uma vez, que o Governo vai cumprir o plano que está prometendo para o Orçamento Participativo, para a Cidade e para a Câmara de Vereadores. Vamos fiscalizar. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. DJ Cassiá está com a palavra para discutir o PLE nº 031/11.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu atentamente ouvi o Ver. João Antonio Dib, nosso Líder do Governo na Casa. Eu tenho orgulho de ser da base do Governo, até mesmo porque faço parte de um Governo totalmente popular, de um Governo que não tem medo de um encontro com a sociedade para debater e resolver os problemas da Cidade.

A Verª Maria Celeste tem muita razão, Ver. João Antonio Dib, nós sabemos que há muita coisa a se fazer, o que não é de agora, Verª Maria Celeste, vem de muitos, muitos e muitos anos, e também concordo com a senhora que tem que ter mais investimentos. Também quero lhe dizer que a mudança e a transformação do nosso País não começam por Brasília, começam pelos nossos bairros, começam pela nossa cidade, mas a parte maior do bolo não vem para cá, fica retida em Brasília.

O Secretário Cássio Trogildo, da SMOV, esteve nesta Casa no início do ano e fez uma apresentação de todo o trabalho que a SMOV vem desenvolvendo durante esses anos - todo, inclusive o da revitalização em termos de iluminação nesta Cidade. Pode-se até mesmo dizer que há alguns pontos que faltam? Há, mas tem-se feito muito, muito mesmo! O Secretário Cássio, no comando da Secretaria, fez uma revolução na iluminação desta Cidade. Fomos castigados praticamente por quatro meses por sucessivas chuvas. O Secretário Cássio talvez não esteja bem com São Pedro, o “homem” estava mandando chuva direto, mas sei que ele está bem perante a sociedade. Ele tem trabalhado muito, Ver. Brasinha! Tão logo parou o mau tempo, a SMOV foi para a rua, são 26 equipes trabalhando “direto”. Eu até gostaria de, mais uma vez, convidar o Secretário Cássio para vir aqui, para nos trazer mais informações sobre os investimentos que a SMOV tem feito na cidade de Porto Alegre, porque tem feito! Vou propor a vinda do Secretário Cássio aqui para mostrar o que tem sido feito de investimentos nesta Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para discutir o PLE nº 031/11.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras, senhoras e senhores, tenho afirmado nesta tribuna que este momento da discussão do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e dos Orçamentos anuais é um grande momento para o Legislativo municipal fazer uma reflexão sobre a Cidade. Quando fazemos análises aqui, Ver. DJ, elas são feitas para ajudar a qualificar a gestão da Cidade e não podem ser recebidas ou vistas pelos colegas Vereadores ou mesmo pelo Governo simplesmente como um discurso e ser contrárias ao Governo ou à Cidade. É exatamente o inverso! Quando apontamos que, na Lei de Diretrizes Orçamentárias, define-se um modelo de gestão para a Cidade, define-se o modelo de desenvolvimento para a Cidade e define-se a orientação da aplicação dos recursos, o próximo passo, Ver. Luiz Braz, é cobrarmos a aplicação dos recursos, e a sua fala veio nesse sentido, inclusive a sua emenda, que tem a nossa simpatia para aprovação. Então, a LDO faz essa orientação.

Aí eu faço um desafio, Ver. João Antonio Dib, Líder do Governo, para que Vossa Excelência traga todas as emendas aprovadas por este Legislativo - legitimamente aprovadas, política, técnica e economicamente -, traga para esta Casa um relatório da execução dessas emendas nos últimos dez anos, porque este Vereador aprovou inúmeras emendas acordadas com as comunidades, acordadas com os Vereadores, e nenhuma foi executada até o presente momento. Nenhuma! Cito um exemplo. Junto com o meu colega Ver. João Carlos Nedel, estamos fazendo a discussão, encaminhamos o Projeto, que é o acesso Norte do Porto Seco, Verª Maria Celeste. Nós aprovamos essa Emenda, aqui, em 2005; nós aprovamos em 2006, nós aprovamos em 2007, nós aprovamos em 2008, nós aprovamos em 2009, Ver. Pujol, e onde está a construção do acesso Norte do Porto Seco? Até hoje não foi executado! “Ah, faltam recursos”! Faltam recursos, mas se nós não prepararmos o Projeto, não prepararmos o que tem que ser feito, isso não será executado.

No ano passado, eu construi com o Ver. Dib um grande acordo aqui, e nós aprovamos uma única Emenda, que era a construção de uma escola de Ensino Infantil para o Extremo-Sul, querido Valdir Fraga, assessor do Governo. E nós sabemos dessa necessidade, porque a última escola infantil pública, naquele eixo, é na Hípica. Da Hípica até o Lami, que são mais 20 quilômetros, não há uma escola infantil. É um vazio educacional! Aprovamos R$ 700 mil para a construção de uma escola infantil, e, até agora, não conseguimos ver isso concretizado. Então, gostaríamos da ajuda de V. Exª, até porque a Secretária Cleci quer executar a obra dessa escola infantil, porque ela é necessária.

Então, nós precisamos fazer com que a Lei de Diretrizes Orçamentárias seja um instrumento para ser efetivado, e não um instrumento que não se efetive. Como já foi dito aqui, o Fogaça, durante os sete anos de seu Governo, executou 38% do Orçamento. Eu costumo dizer que foi uma gestão 3.8 na execução das obras.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador, sei que V. Exª luta muito em torno desse problema, mas gostaria de lembrá-lo que o acesso Norte do Porto Seco está no Ministério das Cidades há muito tempo, só que os recursos realmente não vieram. E é necessário que esses recursos partam de lá, não tem outro jeito.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Ver. Dib, V. Exª tem razão parcial: é verdade, está no Ministério das Cidades, mas não faz muito tempo, faz somente 15 dias que foi para lá, porque eu e o Ver. Nedel, junto com o Secretário do Gabinete de Planejamento Estratégico e seu assessor Filipe, construímos essa demanda lá com o Luís Carlos Bueno, que é do seu Partido, inclusive o Fábio. Peça essa informação a eles, faz 15 dias que chegou no Ministério das Cidades, para que nós possamos captar recurso a fundo perdido para o Acesso Norte do Porto Seco. Mas o projeto propriamente dito não existe ainda. Então, é isso que nós estamos dialogando, é tema de Cidade, é planejamento. E quem não lembra aqui do debate que nós fizemos de incluir no Plano Diretor o traçado do Metrô, que é exatamente o traçado que está hoje, que a base rejeitou por orientação do Fogaça. Sabiamente o Prefeito Fortunati hegemonizou esse tema, vamos ganhar o Metrô e virá R$ 2,6 bilhões para a cidade de Porto Alegre.

Isso não é um tema de oposição ou de situação, é um tema de gestão. E nós temos sugestões de gestão para qualificar a Cidade. E o item n.º 1 aqui na LDO, Ver. Flecha, chama-se habitação. Cada dia chega um projeto novo aqui para vender as áreas públicas do Município; nós não queremos vender as áreas públicas do Município, nós queremos que elas venham para um banco de terras do Município para receber o Programa Minha Casa, Minha Vida e possamos resolver a deficiência das 60 mil habitações que ainda existe em Porto Alegre. Porque só de inscrições lá no DEMHAB para o Minha Casa, Minha Vida são 55 mil, de zero a três salários mínimos.

O que nós precisamos ver na Lei de Diretrizes Orçamentárias é a regularização fundiária. Nós temos 750 vilas irregulares ainda, e é isso que nós precisamos trabalhar aqui.

Portanto, Ver. Brasinha, não é um discurso do contra, é um discurso que nós queremos e precisamos avançar, e temos como. Os Secretários têm de ajudar, senão, não dá. Um grande abraço.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. MAURO PINHEIRO (Requerimento): Srª Presidente, solicito verificação de quórum.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 17h10min): Solicito abertura do painel eletrônico, para verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Mauro Pinheiro. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Quinze Vereadores presentes. Está encerrada a Ordem do Dia.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 2929/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 149/11, de autoria do Ver. Mauro Pinheiro, que altera o caput do art. 2º, o inc. I do art. 5º, o inc. I do caput do art. 6º, o inc. III do caput do art. 7º, o inc. I do art. 8º, o caput do art. 9º, o caput do art. 10, o art. 11, o inc. III do art. 12 e o art. 13 da Lei nº 10.728, de 15 de julho de 2009 – Portal Transparência Porto Alegre –, adequando-os à técnica legislativa, com base na Lei Complementar nº 611, de 3 de fevereiro de 2009.

 

PROC. Nº 3167/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 150/11, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que inclui a efeméride Dia da Reforma Luterana no Anexo à Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – que institui o Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre e organiza e revoga legislação sobre o tema –, e alterações posteriores, no dia 31 de outubro.

 

PROC. Nº 3190/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 030/11, de autoria do Ver. Mario Manfro, que concede o Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre à Guarida Locadora e Mediadora de Imóveis Ltda.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 2395/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 096/11, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que proíbe as pessoas jurídicas beneficiárias de isenções, reduções da base de cálculo ou outros benefícios fiscais do Município de Porto Alegre, bem como seus proprietários, diretores e sócios-gerentes, de efetuar doações a campanhas políticas individuais ou a partidos políticos, enquanto perdurarem os benefícios concedidos, e estabelece sanções pelo não cumprimento ao disposto nesta Lei. Com Emenda nº 01.

 

PROC. Nº 3139/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 148/11, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Henrique Anawate o logradouro público cadastrado conhecido como Rua 6315, localizado no Bairro Guarujá.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não há nenhum Vereador inscrito, considero discutida a Pauta.

Apregoo Requerimento, de autoria do Ver. Pedro Ruas, que solicita votação em destaque a Emenda nº 9 ao PLE nº 031/11.

O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Presidente Sofia, demais Vereadores e Vereadoras, venho em fala de Liderança em nome do Partido dos Trabalhadores, Ver. João Dib, para externar aos outros Vereadores, à comunidade e às pessoas que nos assistem pelo Canal 16 a respeito, Verª Maria Celeste, da reunião da CEFOR – Comissão de Economia, Finanças e Orçamento -, que tivemos ontem, pela manhã, aqui nesta Casa, com a presença do Secretário da Fazenda, que foi um pedido deste Vereador, tendo em vista um Pedido de Informações que a Verª Maria Celeste fez, motivada por denúncias que foram recebidas sobre o sistema SIAT - Sistema Integrado de Administração Tributária -, que a Prefeitura Municipal de Porto Alegre contratou, Ver. Alceu Brasinha, da Consult, uma empresa do Paraná. O que nos chamou a atenção foi que na Prefeitura Municipal de Porto Alegre nós temos a PROCEMPA, uma empresa que teria todas as condições de realizar esses softwares, esse sistema, para que todos os tributos de Porto Alegre pudessem ser cobrados e monitorados. Mas a Prefeitura Municipal de Porto Alegre deu um prazo de seis meses, Ver. Pedro Ruas, para que a PROCEMPA terminasse um projeto da construção desse sistema. O que nos chamou a atenção foi que, quando a Prefeitura chamou a PROCEMPA e esta disse que não tinha condições de fazer esse sistema em seis meses, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre fez uma licitação, a empresa Consult, do Paraná, venceu e recebeu o prazo de 36 meses para executar o mesmo projeto. A única diferença, Ver. Aldacir Oliboni, é que a PROCEMPA teria custo zero para o Município; e a Consult cobrou R$ 5,8 milhões para fazer o mesmo sistema que a PROCEMPA poderia ter feito.

Agora, eu não entendo, Ver. João Antonio Dib: a PROCEMPA teve seis meses para fazer o projeto; a Consult, do Paraná, que vai ganhar R$ 5,8 milhões, ganhou prazo de 36 meses. Por que a PROCEMPA teve seis meses, enquanto a empresa que ganhou a licitação, no valor de R$ 5,8 milhões tem dois anos mais doze meses para fazer?

Pior ainda: já foi prorrogado o prazo, vai ter o prazo de 42 meses para fazer o mesmo projeto que a PROCEMPA poderia ter feito com custo zero.

Mais ainda: nos preocupou, Ver. João Antonio Dib, esse sistema da empresa Consult, que já teve problema na licitação... Porque a empresa venceu com R$ 5,8 milhões e a empresa que ficou em segundo lugar apresentou um projeto por R$ 2,2 milhões e foi desclassificada pelo quesito técnica; só que, no Edital, pedia que a empresa – poderia apresentar técnica, que era 70/30 - tinha que apresentar projetos de Prefeituras e as mais próximas do porte de Porto Alegre teriam mais pontos. Só que a empresa Consult apresentou atestado de outras empresas dizendo que teriam terceirizado com a Consult. E a Prefeitura aceitou. Talvez seja por isso que até hoje o sistema não esteja funcionando. Não conheço essa empresa, mas fica a dúvida. A empresa que perdeu, ficando em segundo lugar, implantou em Caxias, está funcionando, mas esta não servia por R$ 2,2 milhões; melhor é a de R$ 5,8 milhões, Ver. DJ Cassiá. Esse é o dinheiro público, que está aí sendo desperdiçado.

Mas, pior ainda, Vereadores: a Prefeitura Municipal de Porto Alegre tem um organograma financeiro que não está sendo cumprido, Ver. João Antonio Dib - e ontem o Secretário não conseguiu dar uma explicação. Nesse organograma, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre já pagou 90% do valor do contrato da licitação, só que, para o estágio em que está o sistema, a Prefeitura poderia ter pago no máximo 44%. Já pagou o dobro do que deveria ter sido pago; já pagou, inclusive, a manutenção do sistema. Mas como pode fazer a manutenção se o sistema não está pronto e não está rodando, Ver. João Antonio Dib? Brasinha, é como se tivesses comprado um carro e, antes de o carro ser entregue pela concessionária, já teres pago a revisão, a manutenção do carro. É a mesma coisa: a Prefeitura Municipal de Porto Alegre já pagou pela manutenção de um sistema que ela não recebeu ainda.

E o pior, Ver. João Antonio Dib - se tem coisa pior -, é que ela entregou todos os seus dados, armazenados na PROCEMPA, a essa empresa. Ver. Pedro Ruas, que é jurista: quem nos garante que não foi quebrado o sigilo fiscal e tributário de toda a população de Porto Alegre, do ISSQN, ITBI, IPTU? Quem nos garante a segurança? Está no contrato que a empresa garante que não vai passar para ninguém, mas quem garante, Ver. João Antonio Dib?

Então, nós cometemos vários erros. Primeiro, estamos sucateando a PROCEMPA, não estamos privilegiando a empresa do Município; contratamos através de uma licitação sobre a qual temos dúvida; pagamos adiantado por um produto que não recebemos, Ver. João Antonio Dib. E isso é grave, vamos apurar; estamos fazendo um documento e vamos procurar o Ministério Público de Contas para que peça os esclarecimentos necessários à Prefeitura, porque o Secretário não nos convenceu.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Ver. DJ Cassiá; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, meus senhores, quando o orador começa com um erro, o resto do seu discurso está errado. Em primeiro lugar, não existe custo zero da PROCEMPA. Em segundo lugar, o Secretário veio aqui, colocou-se à disposição da Comissão de Finanças, que poderia visitar a Prefeitura, lá na Secretaria da Fazenda, e tomar conhecimento de todos os dados. E, de resto, o Tribunal de Contas do Estado diz que a Prefeitura de Porto Alegre é a que apresenta transparência em melhores condições em todo o Estado.

Por outro lado, não é bem assim como ele conta. A PROCEMPA tentou em 2002, 2003 e 2004 fazer o programa, não conseguiu.

A empresa vencedora da licitação, realmente, 70% era técnica, 30% era custo. Venceu a técnica. Como houve dúvidas da empresa que perdeu, entrou na Justiça. Houve contestação, liminar contestada, mérito, enfim, foi julgado; a Prefeitura estava absolutamente certa na decisão de sua licitação. Só que se passaram três anos. E o Ver. Mauro Pinheiro, por certo, não vai contestar a Justiça brasileira, que disse que a Prefeitura estava certa na sua licitação.

Portanto, se a PROCEMPA não tinha condições, procurou-se uma empresa que tivesse condições. E não vamos discutir se era ou não era, porque a Justiça disse que era essa. Não foi a Prefeitura que disse. Mas passaram-se três anos.

O Secretário também declarou textualmente que de 95% a 98% do contrato estavam cumpridos na implantação do sistema. Evidentemente, haveria fiscalização depois; eu dou razão a ele, mas estava incluído. E que 90%, provavelmente - eu não vou discutir se 90%, 89% ou 91% - já havia sido pago.

Mas, ainda, ele sabe, o Ver. Mauro Pinheiro, que a empresa que teve um preço estipulado no ano de 2006 e iniciou um trabalho em 2009 fatalmente pediria aditamento de preço. E a Procuradoria do Município está debruçada sobre o que está sendo solicitado.

Mas, de 2006 a 2009, eu acho que houve inflação. Só o Dr. Lula diz que não, mas a Drª Dilma diz que sim; então, eu acredito que houve inflação. Nós todos sabemos que houve, mas o Dr. Mauro parece que não acredita que tenha havido inflação, e a Procuradoria está discutindo. Então, pagou 90% dos R$ 5 bilhões, mas há uma discussão de aditamento e, evidentemente - mas evidentemente -, qualquer comerciante sabe que não se pode manter um preço durante três anos. Então, eu me admiro muito, pois a Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul chamou o Secretário da Fazenda, que foi atento, trouxe sua assessoria, deu as explicações, e depois repetimos as perguntas. E ele disse que a Secretaria está à disposição da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul, ou seja, não está escondendo nada - e nem precisava, até porque Pedidos de Informação com 1.900 páginas, mais ou menos, foram encaminhados para cá. E mais ainda: as informações estão na Internet. Eu sei que ele sabe manobrar muito bem o computador, então, era só ler e esclarecer qualquer dúvida, até porque o portal de transparência da Prefeitura de Porto Alegre, que fez com que ela ganhasse o primeiro lugar no Rio Grande, serve exatamente para acessar os dados necessários. E quem fez essa classificação? O Tribunal de Contas do Estado, a quem o Mestre Mauro deseja procurar, mais precisamente o Ministério Público de Contas, para fazer análise do que está acontecendo na Prefeitura. Era mais importante que o Vereador, exercendo o seu dever de fiscalizar, fosse lá na Secretaria da Fazenda e visse, se é que há erro, onde está o erro, para depois, então, encaminhar-se ao Ministério Público de Contas. Eu acho que é um equívoco, mas nós já estamos acostumados em mandar tudo para o Ministério Público de Contas - até em relação ao transporte coletivo de Porto Alegre, “os entendidos em transporte” estão falando como se entendessem mesmo desse assunto! Então, é muito mais fácil se livrar da responsabilidade de fiscalizar, que é o dever do Vereador, mandando para o Ministério Público de Contas, e ter sua imagem na imprensa, como se fosse resolver o problema. Mas era mais fácil ir fiscalizar lá na Secretaria da Fazenda. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu quero dizer ao Ver. Mauro Pinheiro que ele não tem que se preocupar com os grandões; ele tem que se preocupar com os pequenos. Eu tenho que me preocupar com a minha rua, com o meu bairro, com a minha Cidade, enfim. Às vezes, os Vereadores se preocupam com Brasília, São Paulo, e esquecem dos problemas locais.

Nós temos que nos preocupar com o pequeno - o senhor que é um pequeno comerciante -, e não podemos defender os grandes, em hipótese alguma. Quando começam a falar nos grandes, eu já fico apavorado!

Graças a Deus que o Carrefour da Av. Sertório fechou! Mas estão querendo abrir um atacadão ali, que também vai complicar para o pequeno comércio. Vão complicar com os pequenos! Por isso que nós temos que proibir a entrada desses grandes, que vêm de fora, e quebram com as empresas pequenas. Quantas empresas pequenas estão quebradas!

Lembro-me que no Governo de V. Exª, quando foi feita essa negociação. Hoje, se andarmos no bairro Passo da D’Areia, encontraremos mais de cinco mil desempregados, comércios quebrados, só pela presença do Carrefour ali. Ele fica na frente de uma ferragem, na frente de uma padaria, quase na frente de um posto de gasolina. E ainda mais isso, o Carrefour tem um posto de gasolina para competir com os postos de fora! Eles ganham desconto, aproveitam no ICM, e ainda fazem concorrência desleal! Eu não era Vereador naquela época, mas aqui há vários colegas que eram Vereadores na época e que estavam no Governo do PT, que ficou 5.844 dias comandando a Cidade. Fizeram tudo que quiseram, e agora o bairro está literalmente quebrado, não tem mais comércio de rua. Todo mundo padece, sofre, e ai eu venho aqui cuidar de uma empresa que quer participar da licitação? Não, eu tenho é que cuidar é da minha Cidade, do meu bairro, da minha rua, e até do próprio prédio onde eu moro. Vereador Pedro Ruas, como eu não posso me preocupar lá com o Internacional, de hipótese nenhuma, porque não faz parte da minha vida.

Então, eu quero dizer para os senhores, como Vereador e defensor das pessoas mais humildes, das pessoas que mais necessitam, que adotei um sistema agora: eu não sou Vereador, eu sou despachante do povo, sou cidadão do povo, sou o guardião do povo, porque eu defendo é o povo. E agora nós temos que fazer uma Frente Parlamentar para não deixar que se instalem aqui esses grandes mercados, como está acontecendo. Nós, pequenos, temos que defender os pequenos como o pequeno comércio, a pequena padaria, a pequena ferragem, mas eu não vejo mais o Vereador Mauro Pinheiro bater no Walmart. O que houve Vereador? Eu assinei o papel com o senhor, e o senhor não bate mais neles, por quê? O que está acontecendo, Vereador? Tem que bater, Vereador!

Eu não retiro o meu discurso, nunca, jamais! Não retiro, porque eu tenho sensibilidade, e quero ver o pequeno comerciante, o pequeno empresário ficar grande, desde que esse empresário seja aqui do Rio Grande. O maior aliado, Ver. Dib, que eu tinha era o Ver. Mauro Pinheiro; hoje ele parou de bater no Walmart, parou de bater no Carrefour - tem que bater, Vereador! O senhor não é um comerciante que tem um supermercado pequeno? Tem. Eu estou estranhando. Por que o senhor não bate mais? Por que o senhor não usa mais aquelas camisetas? Vamos defender lá no bairro Rubem Berta aquele supermercado pequeno, que dá emprego, que ajuda as pessoas, que mantém as pessoas, mantém a comunidade! Eu quero ver Walmart e Carrefour fora de Porto Alegre.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Ver. DJ, Ver. Brasinha, eu só não falei porque não tenho nenhum assunto, mas continuo firme na defesa do pequeno e do médio comércio, a favor da sociedade, a favor do povo, e não tenho tempo, porque se não eu iria à tribuna para lhe responder. Muito obrigado, Ver. DJ.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Ver. DJ, faz tempo que fechou o Carrefour, e o Ver. Mauro nunca falou sobre isso, ele não comemorou, não fez nada.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Obrigado, Vereadores.

O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. PEDRO RUAS: Ver. DJ Cassiá, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, um dia desses, Ver. João Dib e sempre Vereador, Valdir Fraga, ambos ex-Presidentes da Casa, houve um problema muito sério com um rapaz militante do PSOL. Ele teve um acidente gravíssimo: caiu de uma altura de cinco metros, aproximadamente, depois de levar um choque elétrico, e precisava de uma remoção não em uma ambulância comum - isso já era de madrugada -, mas numa ambulância que fosse do tipo UTI móvel, e era urgente. A última pessoa que me telefonou, Ver. João Dib, foi o ex-Vereador Renato Guimarães, nosso amigo, meu companheiro. E eu liguei, passava da meia-noite - eu não tinha o número, deram-me o número, Ver. Mauro Pinheiro –, para o Secretário Casartelli.

Este é um registro de justiça que quero fazer, de agradecimento e de homenagem ao Secretário, que não mediu esforços, e, na verdade, salvou uma vida, porque fez dois ou três telefonemas e, imediatamente, a ambulância com as características de UTI móvel estava lá. Eu fiz esse pedido, e tenho tido com S. Exª, o Secretário, divergências sérias, intensas, respeitosas, na nossa linha - não é, Ver. Pujol? - de divergirmos, com respeito e com elegância, se possível - e sempre é possível. Mas eu me sinto aqui com a obrigação moral de fazer esse reconhecimento. Peço ao Ver. Valdir Fraga, ao Ver. João Dib, Líder do Governo, e ao Ver. Brasinha, que é do Partido do Secretário, levem a ele o reconhecimento do PSOL, manifestado na tribuna, porque, por telefone, já o fizemos. O Secretário foi absolutamente incansável e competente, salvando uma vida, porque a situação era dramática.

Eu faço esse registro em nome do PSOL e em meu nome. Eu, como Vereador, reconheço que, em um momento dramático, em que a atuação do Secretário fazia diferença entre a vida e a morte, ele teve muita presteza, as condições necessárias e a vontade de agir. Eu peço à Liderança do Governo, ao sempre Vereador, Valdir Fraga, e ao Ver. Brasinha que transmitam ao Secretário a posição deste Vereador, a posição oficial do PSOL e o nosso agradecimento. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, é bom que, em determinadas ocasiões, haja uma verdadeira paz entre chimangos e maragatos por algum objetivo. Acho que o Ver. Pedro Ruas não podia ter escolhido melhor assunto do que aquele que gerou a salvação de uma vida pela atuação do Secretário Municipal da Saúde, que foi louvado pelo Ver. Pedro Ruas nesta tribuna.

Eu fico muito à vontade para enaltecer esse pronunciamento do Ver. Pedro Ruas, pela circunstância de que não pertenço à base do Governo. Então, seria um elogio que eu assumiria de forma equivocada. Eu acho que o Secretario Municipal da Saúde, como bem V. Exª disse, realizou a sua tarefa. Não sei se ele consegue realizar tudo o que quer, porque eu tenho opinião formada de que temos erros de base no tratamento da Saúde pública neste País.

Ver. Pedro Ruas, cada vez mais, os administradores municipais - o Ver. Dib vem insistindo nesse pormenor, no que ele tem absoluta razão - têm reduzido os recursos reais que são colocados à sua disposição. Há poucos dias, acredito que na semana finda, a imprensa nacional noticiou que a participação da Saúde no PIB brasileiro decresceu 25% nos últimos oito anos. A Saúde era contemplada com 10% do PIB, agora é com 8,2%. Nós discutimos, e o Congresso Nacional discute mais ainda, a aplicação da Emenda nº 29. Eu tenho procurado não ser cético, não ser pessimista, mas o Ver. Dib, esses dias, me provocou um pessimismo, porque, em verdade, todos estão dizendo que não adianta aprovar a Emenda nº 29 porque não vai ter recurso! Aqui se sabe que lei não produz recurso, o que é óbvio ululante. Especialmente, porque, quando foi votada esta Emenda, dez anos atrás, o regramento processual era outro, e hoje não se discute mais a Emenda e, sim, o Veto do Sr. Presidente, alguns dispositivos da Lei.

Então, Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá, brilhante no seu trabalho permanente, eu admiro muito V. Exª, porque é o último a sair desta Casa; V. Exª fica aqui até o término dos trabalhos, numa demonstração inequívoca que não foge das suas responsabilidades de Vice-Presidente da Casa. Eu não sei se todos os outros, seus companheiros de Mesa, têm esta responsabilidade que V. Exª tem. E, na mesma linha do Ver. Pedro Ruas, eu quero saudar V. Exª por essa circunstância: V. Exª, com essa atitude, não salva vidas, mas, em compensação, contribui para a boa imagem deste Legislativo. Se contribui para a boa imagem deste Legislativo, contribui para o processo democrático. E, contribuindo para o processo democrático, contribui para a elevação do nível de qualidade de vida geral de toda a Nação.

Observo que o meu tempo se esgota, Sr. Presidente, mas eu apenas vou ajustar mais duas palavras neste pronunciamento, dirigidas não só a V. Exª e ao Secretário da Saúde de Porto Alegre, como a todos aqueles que estão cumprindo o seu dever. Parece incrível que os gestos mais normais dos homens públicos nós temos que registrar, porque o que nós conhecemos através da multimídia são os gestos anormais. Os jornais, os programas noticiosos de rádio e televisão, a Internet, estão todos os dias nos trazendo coisas ruins. Hoje o Vereador trouxe uma coisa boa, e eu acrescentei outra. Nós temos um vice-presidente que fica aqui até o termino da Sessão, para o nosso aplauso.

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Obrigado, Ver. Pujol, pelas suas palavras, que me deixam muito feliz.

A Verª Lurdes da Lomba está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. LURDES DA LOMBA: Sr. Presidente, DJ Cassiá; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, ontem, às 11h, eu participei, pela primeira vez, substituindo o nosso querido Ver. Airto Ferronato, da reunião da CEFOR. E pela primeira vez me apropriando, ouvindo a Comissão, fiquei bastante preocupada. E os Vereadores que se somaram a essa Comissão, acho que foram muito felizes, inclusive a Verª Maria Celeste e o Ver. Mauro Pinheiro.

Eu acho que nós aqui, na Capital de Porto Alegre, independente de hierarquia estadual ou federal, esse é o nosso papel de trazer as coisas esclarecidas e transparentes. E até o momento estavam me convencendo, e quero dizer que o Secretário da Fazenda chegou num momento em que me deixou uma dúvida. Qual é a dúvida? A dúvida foi quando ele disse que ele tinha assumido em julho o cargo. Então, eu quero dizer que eu falei que ele foi muito feliz ao responder todas as questões, esclareceu a todos que tinham dúvidas, mas eu quero dizer para vocês que fiquei bastante preocupada, que para mim não teve muitos esclarecimentos, uma empresa que já recebeu 90% do dinheiro. Era isso. Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): A Verª Maria Celeste está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Obrigada, Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, todos que nos assistem neste momento, o tema de oposição não poderia ser outro neste momento, embora tenhamos vários temas, Ver. Pedro Ruas, pipocando na Cidade, que nos preocupam muito. Temos atuado, nesses últimos três dias, especialmente no que tange às questões em decorrência da morte de um trabalhador na cidade de Porto Alegre.

O tema que eu gostaria de tocar, bem lembrado pela Verª Lurdes, neste momento, foi debatido, ontem, na CEFOR, e tivemos a presença do Secretário da Fazenda, buscando, em um grande esforço, esclarecer algumas questões que, para nós, ainda viraram preocupações, como tão bem disse a nossa Verª Lurdes. A primeira indagação, Ver. João Antonio Dib, de todo o processo... E aqui quero fazer um reparo, de fato, o processo chegou na íntegra, ontem eu tinha uma dúvida disso, e o Secretário já tinha enviado ao Prefeito, mas chegou, nós o recebemos. A primeira dúvida é: ao assumir o novo Governo, a PROCEMPA, em 2005, tinha uma equipe preparada, trabalhando para implantação de um novo sistema, integrado através da informática, da informatização, para administrar a tributação no Município de Porto Alegre, Ver. Pedro Ruas. Havia uma equipe que já, há alguns anos, trabalhava para essa implementação. Surpreendentemente, essa equipe foi instada a concluir o trabalho em seis meses, e, pelo acúmulo de informações e de trabalho necessários, essa equipe não conseguiu. A equipe da PROCEMPA respondeu isso, à época, ao Secretário Cristiano Tatsch, dizendo que não poderia desenvolver esse software num tempo tão curto e tão breve, em seis meses.

Diante disso, a Secretaria da Fazenda abre uma licitação e contrata uma empresa de Curitiba para desenvolver o programa. Ao contratar essa empresa por um valor de R$ 5,76 milhões - se não me falha a memória, o segundo maior preço, porque uma empresa com valor menor foi preterida na licitação, porque o preço da licitação era não só o preço, mas o conhecimento técnico -, essa empresa então acabou ganhando a licitação pelo dobro do valor da outra. Valeu o conhecimento técnico. Ao acontecer isso, nós ficamos mais estarrecidos ainda, porque no decorrer de todos esses anos – em 2009 foi assinado o contrato com a empresa vencedora, e nós já estamos em 2011 -, 90% do valor já foi pago a essa empresa. E o trabalho ainda não foi concluído. A previsão para a conclusão, segundo o Secretário, é para 2012. A folha do IPTU já está sendo rodada nos moldes antigos, porque ainda não será realizado neste momento para 2012. Várias indagações ainda nos levam a perguntar. E mais, há uma proposta de um novo aditivo para rever o preço inicial.

Então, Ver. João Antonio Dib, eu sei que o senhor fez um grande esforço, quero agradecer. Nós fizemos um Pedido de Informações e, pela primeira vez, veio na íntegra o que pedimos. Os contratos - e eram muitas folhas mesmo, está correto o Ver. João Antonio Dib - vieram, coisa que antes, nesta Prefeitura, não ocorria, não encaminhavam as informações, mas pelo menos isso veio. Analisamos. E a nossa análise nos levou a buscar a reunião, no dia de ontem, acolhida pelo Presidente da CEFOR, Ver. João Carlos Nedel. Também quero elogiar a democracia instalada nesta Câmara Municipal. Mas, mesmo com todo esse esforço, Ver. João Antonio Dib, ainda temos algumas dúvidas que precisamos verificar. Eu, prontamente, aceitei o convite do Secretário para que possamos ir até a Secretaria da Fazenda e constatar in loco qual é o fluxo do programa instalado diante da afirmativa de que o programa já está 95% colocado e, portanto, foi pago devidamente. Mas a dúvida ainda fica: se o projeto só vai ficar pronto em 2012, e 90% dele já foi pago, como é que ele já está todo pago, como foi colocado até agora? Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Nobre Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, meus senhores e minhas senhoras; tem razão a Verª Maria Celeste quando, com competência, informa que já vinha sendo estudado pela PROCEMPA o software necessário para fazer o monitoramento do sistema tributário do Município, mas também foi informada ontem que, em 2002, 2003, 2004, a PROCEMPA não conseguia resolver o problema. Não sei se foram dados seis meses ou não, não sei, não vou discutir e acredito que tenham sido dados seis meses. E em seis meses concluem o trabalho que está sendo feito ou não? A PROCEMPA entendeu que não seria capaz de fazer o projeto solicitado na Administração Fogaça. Então, houve uma licitação, uma concorrência pública, em que apenas duas empresas se inscreveram, uma com R$ 5 milhões, outra com R$ 2 milhões. Ganhou a de R$ 5 milhões por uma razão absolutamente correta, porque 70% era válida a técnica, e, 30%, o preço. A empresa que perdeu não ficou contente, entrou na Justiça, e, durante anos, como só acontecer nas coisas que vão à Justiça neste País, de 2006 a 2009, esteve na Justiça, que disse que a Prefeitura estava absolutamente correta na sua definição da concorrência pública. Por outro lado, o Ver. Mauro Pinheiro manifestou preocupação com o sigilo fiscal dos contribuintes do Município. Ou nós acreditamos nas coisas que funcionam neste Brasil ou não acreditamos; um contrato assinado com obrigação de sigilo é respeitado, podem ter certeza, vai ser respeitado. Agora, em 2006, entraram na Justiça contra a decisão da Prefeitura. O preço de cinco milhões e uns quebrados, não sei exatamente, era aquele de 2006, mas nós temos que convir que as inflações de 2006, 2007, 2008, 2009 superaram 5%. Então era correto que a empresa responsável pedisse um aditamento no valor da licitação. Isso era correto. A Prefeitura não deu pura e simplesmente, mandou a Procuradoria estudar se isso teria base legal ou não. Se tivesse base legal, pagaria. Por outro lado, o Secretário afirmou que de 95% a 98% do trabalho já está pronto. O Ver. Mauro diz que pagaram 90%. Muito bem. Por outro lado, o Secretário enunciou inclusive 12 ou 13 projetos tributários, que já foram apresentados a esta Casa e aprovados por esta Casa em razão do trabalho da empresa vencedora da licitação. O que eu não consigo entender e não posso entender é que em havendo dúvidas, e o Secretário da Fazenda colocou-se à disposição, lá na Secretaria, para a Comissão de Finanças exercer o seu dever de fiscalizar, mas a Comissão de Finanças não procurou ir lá. Não a Comissão, mas um dos seus membros, o Ver. Mauro Pinheiro, vai ao Ministério Público de Contas, no Tribunal de Contas, o mesmo Tribunal que classificou a Prefeitura de Porto Alegre como a de maior transparência do Estado, e, ao mesmo tempo, ele disse que a Câmara é uma das Câmara Municipais que está em primeiro lugar, assim como Cachoeirinha que está ao seu lado. Olha, se isso não serve, eu não sei o que serve, mas, de qualquer forma, eu tenho absoluta convicção de que as informações trazidas pelo Secretário foram mais do que suficientes. Eu também sou membro da Comissão de Finanças e fui muito atento. Se tivesse havido dúvidas, eu também as teria levantado, mas eu me senti satisfeito no meu dever de fiscalizar a execução orçamentária e a execução dos contratos da Prefeitura. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. MAURO PINHEIRO (Requerimento): Solicito verificação de quórum.

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Com a presença do Ver. João Antonio Dib, Ver. Idenir Cecchim, Ver. Mauro Pinheiro, Ver. João Carlos Nedel, Ver. Alceu Brasinha, Ver. Reginaldo Pujol, Verª Maria Celeste e este Vereador, visivelmente, não há quórum.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h55min.)

 

* * * * *